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Empresárias entram na justiça contra VG Shopping; Clientes “não compram”

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Duas empresárias entraram na justiça contra o Várzea Grande Shopping, devido uma falsa promessa de movimento no local. As empresárias teriam investido valores absurdos em busca do retorno que o shopping prometia, sendo assim, entraram na justiça já que os clientes do local são “fora do padrão”.

Sendo assim, as sócias acionaram a justiça pedindo uma indenização por danos morais, materiais (pelo investimento) e também pedem a devolução dos R$60 mil por descumprimento contratual por parte do Várzea Grande Shopping.

O processo vem sendo tramitado na 3° Vara Cível de Várzea Grande, uma das acusações também são de promessas falsas, já que existe um projeto que promete um hotel em anexo com o shopping. As lojistas também declararam que as lojas que o local possui, não condizem com o estabelecimento, tendo estruturas e preços totalmente baixos fora do padrão.

“As empresárias pensaram em uma loja para atender seus clientes, já que se falava em público B e C destinado a esse estabelecimento. Assim, aduzem que a loja é toda em porcelanato, com projeto de iluminação, projeto acústico, sistema de monitoramento, espaço destinado para o ar-condicionado, mezanino, escritório, estoque, os móveis foram feitos em laca, lustres, tudo pensado para atender os padrões”, diz trecho dos autos.

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No contrato, o VG Shopping prometeu um fluxo diário de 25 mil pessoas, também cobrou além do aluguel (de R$ 8,2 mil), um valor de R$ 60 mil por título de res sperata. O termo em latim significa “coisa esperada”, e é uma espécie de “luvas” pagas pelo locador (no caso a loja de roupas íntimas) para garantir seu ponto no centro comercial.

O caso está sob análise do juiz Luis Otávio Pereira Marques, que atua na 3ª Vara Cível de Várzea Grande. Em despacho do último dia 3 de novembro, ele informou que não seria possível julgar o processo neste momento em razão da necessidade de produção de provas. Mas também diz que até fevereiro de 2022 o caso já estará encerrado.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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