MATO GROSSO
Hospital Municipal de Cuiabá é referência no Brasil para tratamento do Acidente Vascular Cerebral
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O Programa SOS AVC criado em 2019, pela gestão Emanuel Pinheiro, desde a sua criação até dezembro de 2021, foram 1.375 pessoas de Cuiabá e do interior atendidas pelo programa, sendo 459 somente em 2021. A rede SOS AVC foi implantada na capital, no Hospital Municipal São Benedito, com a finalidade de reduzir seqüelas e óbitos em decorrência do Acidente Vascular Cerebral- AVC. Em março do ano de 2021, passou a funcionar no Hospital Municipal de Cuiabá “Dr. Leony Palma de Carvalho” (HMC), onde dispõe de equipamentos de última geração e equipe especializada em neurocirurgia para procedimentos de tomografia e hemodinâmica, além de uma equipe de intervencionistas.
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Segundo o neurocirurgião Wilson Guimarães Novais, que está à frente do programa, a rede SOS AVC foi inspirada nos serviços de neurocirurgia intervencionista do Estado da Geórgia, em Atlanta. “Fiquei 15 dias em Atlanta, para conhecer um dos tratamentos para pacientes AVC mais famosos do mundo. Apresentei para o prefeito as vantagens sociais, médicas e financeiras, e ele prontamente sinalizou positivamente para implantarmos o mesmo modelo em Cuiabá”, ressalta.
A coordenadora da rede SOS AVC, Andrea Bianchi, destaca que o tratamento adequado na fase precoce significa redução da hospitalização, da incapacidade, da mortalidade e do custo previdência social, além de outros benefícios. “São poucas capitais do país que têm atendimento AVC para rede pública na fase aguda. A população cuiabana é privilegiada! Graças à sensibilidade do prefeito conseguimos mudar a realidade na saúde e ser referência, com reconhecimento em encontros nacionais”, destaca.
De acordo com o médico regulador da rede SOS AVC, Ronan Anchieta, é essencial a agilidade no atendimento.
“Se o paciente receber atendimento até 4h30, após passar mal, as chances são grandes de reverter o quadro clínico. Hoje usamos a abordagem medicamentosa, e quando necessário trabalhamos com a hemodinâmica, uma das melhores do país”, explica.
O diretor-geral da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, Paulo Rós, que administra o Hospital Municipal de Cuiabá, informa que a equipe se mantém em prontidão para imediato diagnóstico e tratamento e que, o protocolo para atendimento de pacientes com suspeita de AVC é via SAMU ou central de regulação.
FONTE/ REPOST: PEDRO COUTINHO BERTOLINI – OLHAR DIRETO
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.