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Igreja de São Benedito completa 300 anos precisando de reforma

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Em meio à necessidade de troca do piso e reparos no telhado, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito comemora em 2022 o jubileu de 300 anos de história.

Há um projeto de reforma, ainda em fase de produção, que tem uma estimativa de custo de R$ 4,5 milhões. Enquanto o projeto não sai do papel, religiosos e fiéis convivem com as falhas estruturais em uma das mais importantes edificações de Cuiabá.

A última reforma ocorreu em 2006. Mais de 15 anos depois, a estrutura sofre com infiltrações, corrosões e desgastes de material.

“Aqui é um espaço bem diferenciado das outras paróquias. A tradição da fé católica do povo é uma cultura muito peculiar que tem muitas raízes dos escravos que vieram da África”.

O prédio está com o piso de madeira com pedaços podres – várias partes em situação mais crítica foram trocadas por remendos para garantir o funcionamento.

O telhado também apresenta infiltrações que se espalham por todos os salões da igreja. Nesse período de chuvas, é possível encontrar água esparramada em diversas partes do imóvel.  

As telhas se deslocam principalmente pela trepidação resultante do grande fluxo de veículos nas ruas, já que a igreja está localizada no Centro.

O projeto de reforma conta com arquitetos e engenheiros voluntários que estão ajudando a produzir o documento. Para viabilizar a obra, a igreja está procurando recursos por meio de editais do poder público e parcerias com o setor privado. 

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Só para a troca do piso a previsão é que se gaste R$ 300 mil. Por exigência do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) – já que se trata de um bem tombado -, a execução do projeto requer um arqueólogo, que fará perícia caso seja encontrada alguma relíquia. O preço do profissional para esse trabalho é avaliado em R$ 60 mil.

O tempo total para realizar os reparos ainda não foi estimado.

Preciosidade mato-grossense

A fachada da igreja apresenta pela modéstia o valor de ser considerada um dos símbolos da Capital, arquitetura ainda do período colonial. 

A construção tem em seu interior arquitetura do barroco-rococó, linha de desdobramento do barroco mais simplificado.

Mesmo após três séculos de funcionamento, a igreja ainda hoje tem grande fluxo de fiéis semanalmente. As celebrações ocorrem de terça-feira a domingo, com aproximadamente 120 fiéis.

Para a comemoração do jubileu de 300 anos, a paróquia já começou as festividades com uma cerimônia no fim de janeiro. Ao longo do ano, mais dois eventos estão previstos: a Festa de São Benedito, em julho, e a do Rosário, em outubro. 

Devido à pandemia, ainda não está definido se ocorrerá evento presencial e com grande presença de público.

O padre Pedro Canísio lembra que realizar a festa de São Benedito também tem um custo alto, que foi elevado ao longo dos anos.

Davi Vittorazzi/MidiaNews

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Telhado Igreja do Rosário

 Telhado da igreja sofre com a infiltração

  

O custo envolve equipes de segurança privada, alvarás do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura, ambulância para situações de emergência, projeto da praça com a demarcação do espaço, banheiros químicos… “Tudo custa muito caro. Hoje para realizar a festa nós temos que ter um orçamento de R$ 500 mil”, afirma o padre.

História

Por volta de 1720, no pé da colina onde hoje está a igreja, à margem esquerda do córrego da Prainha, estava localizada a maior mina de ouro da região. Foi esta mina a origem da povoação de Cuiabá, que se deu à margem direita do córrego, em torno das jazidas.

Apesar de muitos apontarem a construção da Igreja no ano de 1730, já havia registros de uma pequena capela erguida oito anos antes por escravos.   

Este local é mencionado em 1722 pelo cronista José Barbosa de Sá, ao relatar a descoberta do ouro por índios que, a mando de Miguel Sutil, buscavam mel, no lugar chamado “tanque do Arnesto”, onde foi construída a capela de Nossa Senhora do Rosário. “Huma capellinha a San Benedito junto ao lugar chamado despois rua do cebo, que dahy a poucos annos cahio e não se levantou mais”, escreveu Barbosa de Sá em 1722. 

Em 1975, o prédio foi tombado como patrimônio histórico e artístico nacional e em 1987 como patrimônio estadual.  

FONTE/ REPOST: DAVI VITTORAZZI – MÍDIA NEWS 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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