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Motoristas enfrentam 4h de fila e citam arrependimento: “Revolta”

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Com o preço da gasolina ultrapassando R$ 6,50 e o etanol a R$ 4,74, os motoristas de Cuiabá buscaram, como alternativa, adaptar seus carros para receber Gás Natural Veicular (GNV). Porém, devido à falta de postos, hoje os trabalhadores precisam enfrentar filas quilométricas para conseguir abastecer na Capital.

Não é preciso horário específico, seja nas primeiras horas da manhã ou após o pôr do sol, quem passa em frente aos postos consegue ver os carros enfileirados enquanto os motoristas esperam sua vez de encher os tanques. A espera na Capital tem ocorrido até de madrugada.

A preparação na hora de abastecer é quase um ritual para quem já sabe o que vai enfrentar. A demora é tanta que muitos dos condutores deixam os carros e se reúnem na calçada para conversar e tentar se distrair enquanto as horas não passam.

“Hoje sou motorista de aplicativo e dependo do que faço para pagar minhas contas, mas tem muitos que acham que estando 3 horas na fila está ganhando”.

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Apesar de ter virado rotina, a situação causa revolta entre os motoristas que não aguentam mais passar horas para conseguir ser atendidos.

 

O MidiaNews foi até o Posto América, no bairro Jardim das Américas, na Capital, um dos três que abastece GNV, e conversou com algumas pessoas que aguardavam na fila.

 

Solange Menacho havia acabado de encher sua “butija” por volta das 10h. Ela, que é motorista de aplicativo e presidente do sindicato dos motoristas, conta que foi a primeira a adaptar seu carro em Cuiabá para receber o combustível à gás.

Saudosa, ela lembra que antes havia apenas um posto que disponibilizava o GNV e, como não havia muitos adeptos, não tinha necessidade de enfrentar filas. Hoje, a presidente confessa que já chegou a passar quatro horas esperando sua vez de abastecer.

Responsável por representar a luta da classe, Solange afirma que espera há muito tempo uma resposta dos empresários a respeito do descaso que ocorre na fila dos postos.

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“O nosso transtorno maior é esperar uma resposta imediata do MTGás, do GNC Brasil e de empresários. Quando estarão prontas as outras bombas [de gás]?”, questiona.

Em um dos protestos mais recentes dos motoristas, no dia 10 de novembro, os trabalhadores se juntaram para fechar a entrada da empresa GNC Brasil enquanto se manifestavam contra o aumento da tarifa do gás natural em Cuiabá.

A presidente afirma que, apesar da manifestação, nada foi resolvido para ajudar os trabalhadores. Para ela, o descaso só deve mudar se houver uma cooperação conjunta. Com cada vez mais motoristas aderindo ao GNV, é certo para os trabalhadores que a situação deve piorar até ficar insustentável.

FONTE/ REPOST: VITÓRIA GOMES – MÍDIA NEWS 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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