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Dia Nacional da Adoção – Família Fortunato mostra como laços afetivos independem da idade
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Mas nem sempre foi assim. Gabriela chegou para a família há quase três anos, após Elisandra e o marido, o professor Alex Fortunato, participarem do Programa Padrinhos, da Comissão Estadual da Adoção (Ceja), ligada a Corregedoria-Geral da Justiça do Poder Judiciário de Mato Grosso. Após sofrerem dois abortos espontâneos, o casal pretendia adotar uma criança de até três anos de idade.
Enquanto aguardavam, fizeram o curso “Pré-Natal da Adoção” da Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), receberam informações sobre adoção tardia e refizeram o formulário do perfil da criança que pretendiam adotar. Logo conheceram Gabriela, então com nove anos. Fizeram a aproximação com o apadrinhamento afetivo e conviveram por 45 dias, aos finais de semana, com menina.

“Conversei com meu marido e resolvemos fazer a solicitação da guarda provisória, que foi concedida pela juíza. Ela teve algumas dificuldades de socialização, tinha vergonha de interagir com outras crianças do condomínio, mas tivemos ajuda profissional e o processo de adaptação foi acontecendo”, completa Elisandra. “Com um ano da chegada da Gabi e com a guarda definitiva percebemos que ela precisava de uma irmã”, revela.
Dessa vez, o perfil apontado foi uma criança com mais de cinco anos. O coração escolheu Isabela, então com sete anos. A garotinha vivia em uma Casa Lar, em Vila Rica (a 1.270 km de Cuiabá). No início de 2020, o casal teve um compromisso profissional na cidade, aproveitou e pediu autorização para visitar o abrigo. Ao chegar no local, quem abriu a porta, junto com os pais sociais, foi Isabela. Muito falante, meiga, religiosa e educada, a menina encantou Elisandra e Alex.

Depois de muitas viagens para Vila Rica, gastos com hotel para poder ficar com a menina aos fins de semana, o casal conseguiu no dia 30 de maio de 2021, a guarda provisória. “A Isabela chegou para somar. Ela tem o perfil totalmente diferente da Gabriela. Enquanto a Gabi é calma, tímida, a Isa é impulsiva e destemida. Uma completa a outra”, afirma.
O convívio familiar é tão positivo que todos pensam em aumentar o número de membros. A idade desse novo integrante também já está definida: uma criança com cinco anos ou mais. Mas, ainda não chegaram a um consenso no quesito gênero. O pai, a mãe a primogênita querem um menino, já a caçula pede uma nova irmãzinha.
A história da família Fortunato é prova de que o vínculo de amor não depende da genética, da etnia e muito menos da idade da criança. A chamada adoção tardia, de crianças com mais de sete anos é uma das bandeiras defendida pela Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), ligada a Corregedoria-Geral da Justiça do Poder Judiciário de Mato Grosso.
Na Semana Nacional da Adoção (23 a 27 de maio), em alusão ao Dia Nacional da Adoção, celebrado em 25 de maio, a Ceja destaca que as crianças com mais de sete anos, adolescentes, grupo de irmãos, portadores de necessidades física ou mental, afrodescentes ou pertencentes a minorias étnicas compõem o perfil dos acolhidos disponíveis para adoção e que menos são citados como desejados pelos pretendentes a adotar.
A secretária geral da Ceja, Elaine Zorgetti, cita que atualmente Mato Grosso possui 402 crianças e adolescentes acolhidos, desse total, 52 estão disponíveis para adoção e 30 acolhidos das Comarcas de Cuiabá, Várzea Grande e Primavera do Leste se enquadram no perfil mencionado. “Essas crianças e adolescentes só querem amor, carinho e necessitam do convívio familiar”.
Essa matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência. Imagem 1 – Foto retangular quadrada colorida. Mãe e filhas se abraçam. Imagem 2 – Foto retangular quadrada colorida mostra a mãe e as crinças na pia da cozinha lavando louça. Imagem 3 – Foto retangular colorida mostrar as duas irmãs se abraçando.
Alcione dos Anjos
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
Fonte: Tribunal de Justiça de MT
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VÍDEO: Segundo a Guarda Municipal, enquanto passava mal, a vítima estacionou o carro, mas permaneceu com o pé no acelerador, que fez com que o veículo pegasse fogo.
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