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Aneel vê necessidade de reajuste médio de 21% nas contas de luz em 2022

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A área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calculou que o reajuste tarifário médio nas contas de luz em 2022 deve ser de 21,04% para cobrir o rombo gerado pela crise energética neste ano.

O Brasil vive a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. Por conta disso, o governo teve que acionar as usinas termelétricas para garantir o fornecimento de eletricidade, o que aumentou o custo de produção de energia.

A informação sobre o possível reajuste consta em ofício da superintendência de Gestão Tarifária da agência enviado à assessoria de diretoria. O ofício é do dia 5 de novembro. A informação foi divulgada pelo primeiro pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e confirmada pelo g1.

“Nesse contexto, nossas estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio em 2022 da ordem de 21,04%, quando avaliado todo o universo de custos das distribuidoras e incluídos esses impactos das medidas para enfrentamento da crise hídrica”, escreve Claudio Elias Carvalho, superintendente adjunto de gestão tarifária.

Contudo, o reajuste que de fato será aplicado nas contas de luz em 2022 ainda pode mudar, pois cabe à diretoria da Aneel a decisão final. O governo também já anunciou que estuda medidas para atenuar o impacto tarifário em 2022.

Custo da crise energética

De acordo com a área técnica, o déficit de arrecadação do sistema de bandeiras tarifárias chegará a 13 bilhões até abril de 2022, mesmo considerando a aplicação da bandeira escassez hídrica às contas de luz, a qual adiciona R$ 14,20 às faturas para cada 100 kW/h consumidos.

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“Esse déficit de custo [da Conta Bandeiras] frente à cobertura tarifária distribuidoras implica em um impacto tarifário médio de aproximadamente 6,37%”, diz a área técnica da Aneel.

A bandeira tarifária é um sistema criado em 2015 e que aplica uma cobrança adicional às contas de luz sempre que aumenta o custo da produção da energia no país.

O custo da produção de energia aumentou porque o país teve que acionar as usinas termelétricas para garantir o fornecimento de eletricidade. As termelétricas são as usinas mais caras do sistema, pois utilizam combustíveis como carvão, óleo, óleo diesel e gás natural para funcionar.

Além do déficit na arrecadação do sistema de bandeiras, a compra emergencial de energia de reserva, no leilão realizado em outubro, vai custar R$ 9 bilhões em 2022, o que equivale a um impacto tarifário médio de 4,49%, de acordo com os dados da superintendência.

Empréstimo

O Ministério de Minas e Energia (MME) vai apoiar um novo empréstimo às distribuidoras para cobrir os custos extras com a geração de energia em 2021. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o responsável por coordenar a operação junto a bancos públicos e privados.

O objetivo é evitar que toda a conta do custo extra seja repassado para os consumidores em 2022, ano eleitoral. Com o empréstimo, o custo será diluído ao longo do tempo. A conta ainda será paga pelos consumidores, com juros.

FONTE: G1

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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