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DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
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“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele”.
(Martin Luther King, 1929 – 1968)
A história do povo negro no Brasil é um misto de resistência e de submissão. Resistência porque não viemos para o Brasil; fomos trazidos, a ferros, como escravos; submissão porque fomos subjugados, à força, pelos costumes e crenças dos portugueses e brasileiros de 1500 até 1888. As nossas referências são brancas, inclusive a Princesa Isabel e a sua Lei Áurea que nos “libertou”; pouco se fala em Zumbi dos Palmares e no 20 de novembro.
Como se sabe, a história pode ser contada por, pelo menos, dois pontos de vista: a do opressor e a do oprimido. Aqui, nestas poucas linhas, gostaria de revelar e exaltar a negritude sob nosso ponto de vista. Recentemente, fiz mea culpa em relação à minha fala em uma sessão da Câmara com a seguinte expressão: “machismo estrutural”; porém, não apenas o machismo, mas o racismo é estrutural no mundo, especialmente no Brasil e em Mato Grosso.
Claro que, por ser negro e de origem humilde, sofri desde criança a discriminação imposta a mim e aos meus (claro que não é exclusividade de Juca do Guaraná); aliás, por inúmeros fatores adversos, cheguei muito além do que diziam que eu chegaria. Mas não façamos da exceção a regra.
A verdade é que se vive um absoluto segregacionismo racial em um país que foi construído com “sangue, suor e lágrimas” de milhões de africanos. Nossa história é marcada pelo sofrimento. E ainda há os que querem abolir o 20 de novembro (mais uma tentativa de silenciamento); há os que exigem o fim das cotas raciais; há os que vêem na nossa pele escura, imundície, sujeira.
Eu como sou negro, estou vereador de Cuiabá e presidente da Casa do Povo (de todos os povos, inclusive o povo negro) não posso deixar que este dia tão importante para mais de 50% dos brasileiros seja considerado “apenas” mais um feriado. Não! 20 de novembro é o Dia da Consciência Negra. Pensemos sobre a palavra “consciência” e avaliemos se, de fato, a temos. Isso serve tanto para negros quanto para brancos.
Muito por falar, prefiro agir e, brevemente, a Câmara de Cuiabá irá lançar um conjunto de medidas afirmativas de combate ao racismo estrutural que paira sobre a capital de todos os mato-grossenses.
Juca do Guaraná Filho é bacharel em Direito, vereador e presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, e luta pela igualdade racial.


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Distrofia Muscular de Duchenne: doença pode causar escoliose em casos mais graves, orienta ortopedista

No dia 7 de setembro é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), data reconhecida oficialmente pela Organização das Nações Unidas desde 2024.
A iniciativa tem como objetivo alertar sobre essa condição genética grave, que atinge principalmente meninos ainda na infância e provoca enfraquecimento muscular progressivo.
A Distrofia Muscular de Duchenne é uma doença genética hereditária ligada ao cromossomo X, caracterizada pela ausência ou deficiência da distrofina, uma proteína essencial para o funcionamento adequado dos músculos. Sem ela, as fibras musculares vão se degenerando ao longo do tempo, resultando em perda progressiva de força muscular.
“A importância de abordarmos essa patologia é para que as pessoas consigam fazer o diagnóstico de forma mais rápida e evitem danos maiores, pois com o passar do tempo, os músculos vão enfraquecendo e existem sinais visíveis no início da doença”, explica o médico especialista em coluna vertebral, Dr. Fábio Mendonça.
Nos casos mais graves da Distrofia Muscular de Duchenne, uma das complicações possíveis é o desenvolvimento de escoliose, uma curvatura anormal da coluna vertebral. Isso acontece devido ao enfraquecimento dos músculos responsáveis pela postura e sustentação do tronco.
“Em casos mais graves, pode resultar em escoliose devido ao comprometimento muscular”, acrescenta o Dr. Fábio Mendonça.
Os primeiros sinais da distrofia costumam aparecer nos primeiros anos de vida. Entre os principais indícios estão:
Atrasos no desenvolvimento motor, como engatinhar e sentar;
Dificuldade para caminhar;
Andar nas pontas dos pés;
Quedas frequentes;
Aumento do volume das panturrilhas (hipertrofia muscular aparente).
Esses sintomas devem ser acompanhados de perto por pediatras, neurologistas e ortopedistas para garantir um diagnóstico precoce e adequado.
“Entre os principais sinais está que a criança começa a andar com as pontas dos pés, aumento da panturrilha, quando demoram um pouco mais para engatinhar, sentar. Crianças que sofrem quedas frequentes também devem ser observadas”, reforça o médico.
Apesar de a DMD ter origem neurológica, é comum que os pais procurem primeiro um ortopedista, motivados pelas dificuldades na marcha ou pela redução da velocidade ao caminhar.
A distrofia não tenha cura, o diagnóstico precoce pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O acompanhamento multidisciplinar, com fisioterapia, uso de medicamentos como corticosteróides e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas, pode retardar a progressão da doença.
“Para um diagnóstico mais preciso, é necessário que a criança passe por consultas com médicos neurologistas e ortopedistas”, concluiu o médico.
Dr. Fábio Mendonça
Fábio Mendonça é médico ortopedista – traumatologista, cirurgião de coluna vertebral, presidente do Hospital HBento, em Cuiabá, e membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Ele atua na área da ortopedia há 16 anos e já realizou mais de 5 mil cirurgias.
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