Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

Após polêmica, colégio diz que mudará escultura do padre Firmo

Publicados

MATO GROSSO

O coordenador do Colégio São Gonçalo, padre Hermenegildo Conceição Silva, afirmou que a escultura do padre Firmo Pinto Duarte, que causou revolta entre fiéis e familiares, será alterada para uma obra mais semelhante às características físicas do líder religioso.

A decisão veio após a comunidade católica criar um movimento pedindo a retirada do busto do padre Firmo da Praça da Saúde, que fica em frente ao Ginásio São Gonçalo. Segundo os fiéis, a escultura não lembrava em nada a fisionomia da importante figura religiosa de Mato Grosso.

Após a repercussão negativa da tentativa de homenagem, o padre Hermenegildo se pronunciou ao site MidiaNews por meio da assessoria da escola, afirmando que os familiares e fiéis podem ficar “tranquilos”.

“O que a gente pode dizer é que vai ser resolvido, tanto os fiéis quanto os familiares podem ficar tranquilos porque o padre Firmo vai ter a homenagem que de fato merece”, explicou.

A direção do São Gonçalo ainda confirmou que foi o colégio quem financiou tanto os materiais quanto o artista plástico escolhido para eternizar o busto do pároco.

Segundo eles, o projeto para elaborar a escultura já era algo planejado antes da gestão do padre Hermenegildo e, quando o religioso assumiu a coordenação do São Gonçalo, já pegou os planos em andamento.

O padre também explicou que a escultura era para ser inaugurada em 2020, mas a cerimônia foi adiada devido à pandemia e só foi realizada no dia 24 de novembro. Segundo o pároco, ele só viu a escultura do padre Firmo um dia antes da inauguração, quando não havia mais o que ser feito.

Leia Também:  Lei Seca fiscaliza 115 veículos e prende 16 motoristas por embriaguez ao volante

“O próprio padre Hermenegildo só viu a estátua pronta um dia antes do lançamento da praça e ele naquela situação já tinha pontuado que não estava de acordo, porque não estava semelhante ao que de fato era o padre Firmo, mas mesmo assim o evento prosseguiu”, disse a assessoria.

 

Agora, a direção do São Gonçalo afirma que está debatendo qual a melhor forma de resolver o problema. As opções relatadas até o momento são: ou refazer do zero ou trabalhar para reformar a escultura que já foi feita.

 

O colégio vai conversar com o artista plástico Amâncio Ribeiro, escolhido para fazer a escultura, e aguarda o parecer do profissional para saber qual a melhor decisão a ser tomada no momento.

 

Ainda não há um prazo para quando a obra será retirada para que possa ser feita a sua nova versão.

 

Obra trouxe revolta

 

A ideia da homenagem ao padre Firmo partiu do vereador Mário Nadaf, que resolveu sugerir um projeto para a criação de uma escultura com o rosto do padre para eternizá-lo na memória dos cuiabanos.

No entanto, a revelação da obra final decepcionou tanto familiares quanto fiéis que estavam presentes na cerimônia de inauguração. Em entrevista ao site MidiaNews, Creusa Firmo de Joseti, parente e por muitos anos ministra de eucaristia ao lado do pároco, chamou a tentativa de homenagem de “verdadeira catástrofe”.

O historiador Suelme Fernandes também se uniu ao movimento contra o busto e chegou a chamar a obra de “caricatura feia”.

Leia Também:  VÍDEO: Vídeo mostra um motoqueiro que fugiu de um bloqueio policial sendo atropelado por uma viatura da Polícia Militar e preso logo em seguida. O fato aconteceu sábado, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande e as imagens foram divulgadas hoje.

“Foi constrangedora na hora da inauguração, porque todos que estavam ali ficaram chocados, não sabiam se batiam palmas ou se ficavam com vergonha”, acrescenta Suelme. “A revolta é grande porque mexeram com algo muito caro aos cuibanos”.

Outros apoiadores do movimento se uniram que também expressaram o descontentamento no grupo Amigos da História de Mato Grosso.

 

Trajetória

O Padre Firmo nasceu em Cáceres, mas viveu parte de sua infância e adolescência na região do Campo de Ourique, onde hoje está localizado o Centro Geodésico da América do Sul.

Tornou-se sacerdote em 08 de dezembro de 1955, sendo o último padre ordenado por Dom Aquino Corrêa. Entre os anos de 1974 e 1983, padre Firmo foi diretor da Comunidade Salesiana em Barra do Garças. Neste período implementou um projeto primado por uma nova e dinâmica pedagogia especialmente voltada para as comunidades indígenas missionadas em Sangradouro, Merure e São Marcos.

Com o tempo, assumiu a direção espiritual do movimento católico intitulado “Renovação Carismática Católica”, junto à Arquidiocese de Cuiabá, assim como também dirigiu espiritualmente o movimento de “Cursilhos de Cristandade de Cuiabá” e atuou também como diretor da Missão Salesiana em Mato Grosso.

Foi membro da Academia Mato-grossense de Letras (AML), onde tomou posse em 08 de dezembro de 1997. Escreveu também o livro “Mulher – a Intercessora”, dentre outros textos inéditos.

FONTE/ REPOST: VITÓRIA GOMES – MÍDIA NEWS 

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Publicados

em

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

Leia Também:  Prefeito de Sinop confirma homologação de concurso público e convocação de aprovados; ‘ninguém se pronunciou’

A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

Leia Também:  Sinfra informa que trânsito no Portão do Inferno ficará liberado nesta quinta-feira (07)

Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA