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Comissão quer incluir prevenção de queimadas e proteção dos biomas na agenda eleitoral de 2022

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POLITÍCA NACIONAL


Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Professora Rosa Neide PT-MT
Professora Rosa Neide espera que sugestões da comissão sejam acatadas por candidatos

A comissão externa da Câmara dos Deputados sobre queimadas nos biomas brasileiros vai manter as atividades neste ano com foco na elaboração de diagnósticos atualizados e na inclusão do tema na agenda eleitoral.

O colegiado iniciou suas atividades em setembro de 2020, no auge dos incêndios florestais que devastaram 33 mil quilômetros quadrados do Pantanal, com sérios prejuízos também para a fauna e as atividades socioeconômicas do bioma. No ano passado, as reuniões traçaram um panorama das queimadas e do desmatamento em todos os demais biomas, com destaque para os casos da Amazônia e do Cerrado, alvos de expansões urbana e agropecuária em meio a crises orçamentária e de gestão nos órgãos de fiscalização ambiental.

Nos próximos dias, a coordenadora da comissão, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), pretende retomar as audiências com autoridades, comunidades e especialistas em busca de evitar novas devastações e prejuízos socioambientais.

A parlamentar também espera influenciar os programas eleitorais dos candidatos aos governos estaduais e à presidência da República. “É fundamental que a comissão siga no acompanhamento da atuação do Poder Executivo e da implementação das soluções propostas pela comissão aos diversos órgãos, como Ministério Público, Judiciário, entre outros”, diz. “É um ano eleitoral, e claramente esses conteúdos, relatórios e proposições podem ter ainda mais acolhidos para os programas das candidaturas dos diferentes partidos”, acrescenta.

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Propostas prioritárias
Outra frente da comissão externa será no próprio Parlamento. Rosa Neide cobra a rápida aprovação do Senado para o projeto de lei (PL 11276/18) que cria a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. A proposta é considerada fundamental para evitar incêndios florestais e foi aprovada pela Câmara em outubro do ano passado.

Outras propostas prioritárias ainda estão em diferentes fases de análise na Câmara, como os projetos de lei sobre proteção, conservação e uso do Pantanal (PL 9950/18); política de acolhimento e manejo de animais resgatados (PL 4670/20); auxílio emergencial para os pantaneiros atingidos pelas queimadas (PL 5009/20); e proibição de supressão de vegetação com o uso de correntes com extremidades presas a tratores (PL 5268/20) – essa técnica danosa ao meio ambiente é mais conhecida como “correntão” e, de acordo com a proposta, pode passar a ser agravante de pena para os crimes contra a flora.

A deputada cita ainda como metas do colegiado em 2022 a consolidação de diagnóstico sobre as peculiaridades dos incêndios florestais em cada um dos biomas e o envio de sugestões de “gabinete de crise” para lidar com essas ocorrências.

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Desde o início dos trabalhos, a comissão externa realizou 30 audiências públicas na Câmara, além de visitas e reuniões com comunidades tradicionais, autoridades e especialistas nos locais mais ameaçados, sobretudo no Pantanal. Um relatório preliminar chegou a ser elaborado com uma série de sugestões, no fim de 2020.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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