MATO GROSSO
Governo reúne empresas de MT para troca de experiência em Gestão da Inovação
MATO GROSSO
O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), realizou a I Missão Técnica Benchmarking em Gestão da Inovação, no maior e mais avançado centro empresarial do Brasil: a cidade de São Paulo. A missão foi idealizada para promover o intercâmbio de empresas mato-grossenses com diferentes realidades do ramo empresarial.
O intercâmbio, realizado entre os dias 08 e 11 de março, é inédito na Seciteci e faz parte da premiação concedida a seis empresas vencedoras do ‘I Prêmio Inova Mato Grosso’, promovido no final do ano passado. O Prêmio avaliou um total de 115 estabelecimentos, de micro, pequeno e médio porte, que ao longo do ano se destacaram pelos esforços dedicados à gestão de inovação em suas áreas de competência.
Em São Paulo, as empresas Luana Distribuidora de Confecções, Jong Kombucha, Donafresca Pescados, Agristore – Agronegócios Inteligentes, Vogel Engenharia e Consultoria, e Papel Nobre Materiais para Escritórios tiveram a oportunidade de trocar experiência com diversas empresas, em diferentes estágios de inovação e tecnologia.
Cada uma das seis empresas enviou um representante, que durante quatro dias cumpriu uma série de visitas a centros tecnológicos, aceleradoras de empresas e estabelecimentos de diferentes ramos de atividade. Fizeram parte do roteiro de visitas em São Paulo, o Instituto Europeu de Design – EAD, a Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM, a Associação Comercial de São Paulo – Distrital Moca, e as empresas Oxigênio Aceleradora da Seguradora Porto Seguro, o Banco BV e o Restaurante Italiano Eataly – Alti Cibi.
Para o empresário da Jong Kombucha, Tarcísio Luis Daventel Marchiore, o intercâmbio entre os estabelecimentos chama a atenção pela excelência nos ‘cases’ de sucesso selecionados pela Seciteci para visitação dos empresários.
“Nossa equipe da Jong Kombucha está impressionada com o comprometimento do Governo do Estado em preparar uma agenda robusta e de alto nível empresarial. O fato de o poder público promover uma troca desse nível, só comprova que uma gestão pública séria e compromissada tem todas as condições de trabalhar para o incentivo do pequeno empresário. As experiências trazidas pela missão já nos orientaram na tomada de decisões importantes dentro da empresa. Hoje, o nosso desafio é ampliar a escala de produção e reduzir o custo de venda. Nisso, vamos utilizar a mão de obra intelectual dos nossos bolsistas para tecnologicamente garantir maior estabilidade da bebida, ampliando seu prazo de validade e permitindo seu transporte sem a necessidade de refrigeração, o que acaba onerando o custo final”, afirmou Tarcísio.
Com registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Jong Kombucha se especializou nos últimos três anos na produção do Kombucha, que é um chá fermentado, de produção artesanal com baixo teor de açúcar e rico em antioxidantes. A qualidade na produção e as estratégias inovadoras empreendidas para a confecção do kombucha garantiram o 2º lugar na Categoria Microempresa, no Prêmio Inova MT.
Além de participar da Missão Benchmarking, as empresas vencedoras do Inova também receberam da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) o financiamento no valor de R$ 360 mil para contratação de seis (06) bolsistas-pesquisadores. Os bolsistas com experiência nas áreas de pesquisa e inovação, deverão atuar durante 12 meses no desenvolvimento de projetos inovadores que tragam solução para o ambiente empresarial. Além de promover o desenvolvimento científico e agregar competitividade aos estabelecimentos, os projetos deverão ter aplicabilidade comercial.
A Jong Kombucha também foi premiada pelo edital Tecnova II criado para o financiamento de projetos de inovação empresarial. Duplamente premiada, a empresa conta hoje com a expertise de dois bolsistas, focados exclusivamente em dar solução às demandas da empresa.
A troca de experiência entre as empresas durante a Missão Benchmarking foi o ponto de partida para a análise de diferentes inciativas aplicadas para a resolução de questões simples do dia a dia. Além de expandir a visão empresarial agregando valor às atividades, as empresas também foram estimuladas a perceberem os desafios a partir de diferentes ângulos.
Para o proprietário da empresa Donafresca Pescados, Valteir Eugênio Souza, a agenda também chamou a atenção pela possibilidade da prospecção de possíveis novos parceiros e a abertura de novas relações comerciais.
“Conseguimos visualizar com muita clareza os passos dados pela nossa empresa, as distorções que precisam ser corrigidas e os novos arranjos necessários para otimizar as atividades diárias. Estamos há mais de 18 anos na área de alimentos e nunca vimos uma iniciativa com esse know-how partindo do poder público. Conhecer as novas tendências do mercado consumidor e as exigências trazidas pelo público, nos obriga ao constante aprimoramento, ou então somos retirados do mercado. Nesse sentido, a Seciteci está de parabéns por elaborar um roteiro tão desafiador e rico em conhecimento. Nós absorvemos a experiência, e esse ano vamos brigar pelo primeiro lugar”, desafiou Eugênio, que no ano passado garantiu o 3º lugar na Categoria Microempresa, do Prêmio Inova.
Em paralelo a Missão Benchmarking, as empresas também participaram do 9º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O evento foi realizado nos dias 09 e 10 de março, no World Trade Center, em São Paulo, e reuniu as principais tendências da inovação no Brasil e no mundo. A participação das empresas foi uma cortesia da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT), coparceira do ‘Prêmio Inova MT’.
“Estamos bastante felizes com os resultados, primeiro, por que o Prêmio Inova MT nos permitiu selecionar as empresas destaque em gestão inovadora, e agora, com o fechamento da Missão Benchmarking temos a certeza de que, enquanto poder público conseguimos fazer a entrega de um produto real e palpável à sociedade. Porque esse é o papel do Estado, identificar os gargalos pelos quais passa a sociedade, e definir soluções. Que os resultados alcançados pelas empresas vencedoras deste ciclo possam contaminar positivamente outras empresas, e desafiá-las a participarem da segunda edição do Prêmio Inova MT 2022”, definiu Edcleide Nobre do Parque Tecnológico Mato Grosso e coordenadora da Missão Benchmarking em São Paulo.
Também participaram da missão, a coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Seciteci, Fabiana Vilacian, e as servidoras Patrícia Seixas e Caroline Vaez, ambas do Parque Tecnológico.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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