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Curta-metragem que expõe impactos da pandemia estreia na quarta-feira (06) no Zulmira Canavarros

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“Ângelus Novus anuncia na boca da noite a derrocada do anticristo”, novo curta-metragem de Luiz Borge, estreia nesta quarta-feira (06.04), às 20h, no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, como parte das comemorações dos 303 anos de Cuiabá. A entrada solidária são dois quilos de alimento que podem ser entregues no foyer do teatro, na noite da sessão especial.

O filme foi realizado com incentivo do edital da Lei Aldir Blanc, promovido pelo Governo de Mato Grosso, via Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer (Secel-MT), e em parceria com o Governo Federal, via Secretaria Nacional de Cultura do Ministério do Turismo.

Com 21 minutos de duração, o curta remete a um tempo marcado pela luta no enfrentamento à pandemia da covid-19. Você pode ver o trailer do filme aqui.

“A realização deste filme em meio a tamanha dor é um prazeroso reencontro com o público num dos momentos mais desafiadores e trágicos dos últimos anos. Fazer cinema neste momento é também uma resistência e uma celebração à vida”, destacou o diretor do filme, Luiz Borges.

Três núcleos dramáticos abordam importantes temas decorrente dos impactos da pandemia, tais como o aumento da violência doméstica, o abandono da infância, o suicídio, o negacionismo e a mercantilização da fé. 

O curta-metragem oferece também uma possibilidade de discutir a contemporaneidade do pensamento do filósofo alemão Walter Benjamim, de sua ética e de seu posicionamento político.  “Que não esqueçamos o passado para que ele nunca mais se repita”, reforçou o diretor.

Por dentro da história

No primeiro núcleo, Mauro (Júlio Carcará) é um palhaço idoso que tem uma relação homoafetiva recém-interrompida. Ele foi obrigado a fixar residência e viver solitariamente no Edifício Ângelus Novus, o Palácio do Comércio, com seu cachorro Puxa Puxa, devido ao fechamento do circo por conta do lockdown. Imerso em suas memórias, seu único contato com o mundo é através do celular com sua filha Maria, uma mulher trans, enfermeira, portadora de bipolaridade, que trabalha na linha de frente no combate à pandemia, num hospital do interior do Estado.

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No segundo núcleo, em virtude do fechamento de seu salão de beleza, Ana (Maria Clara Bertúlio), uma jovem mulher negra, é obrigada a voltar a morar no apartamento de sua mãe, no mesmo edifício, com sua pequena filha Bela (estreando Ivy Caroline Felix). Sua mãe Francisca (Bia Corrêa) é uma professora aposentada que sofre de diabetes. João (Péricles Anarkos), seu marido, aguarda perícia do INSS para sua aposentadoria por invalidez. Desempregado, se entrega ao consumo abusivo de álcool. O casal vive uma relação tensa com crescentes episódios de violência.

No último núcleo, Messias (Caio Mattoso), gerente de um frigorífico, e sua esposa Dolores (Mariana Badan) vivem com seu filho Amorésio (Caio Ribeiro), estudante universitário e ativista. As diferenças ideológicas invadem a relação dessa família. Num dia, Messias esconde a informação de sua família e dos fiéis da igreja – onde também é pastor – que está doente com covid.  Ele nega a existência da pandemia, porém explora e lucra com o desejo de proteção e cura dos seus discípulos. Em um culto, Messias revela sua verdadeira face.

Produção

A equipe de arte do filme ficou sob a competência de Júlio Tavares, figurino Jane Klitzke e make up Deia Okamura; na direção de som Yuri Kopcak; a trilha sonora original músico Danilo Bareiro deu embalo e ritmos à montagem fragmentada de imagem e som realizada pelas mãos de André Luís da Cunha, também diretor de fotografia do filme, e Micael Guimarães. Os demais 35 membros da equipe são genuinamente profissionais de Mato Grosso. A produção executiva é assinada por Daniele Borges, e Paula Dias assina a direção de produção.

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O cuta teve como importantes patrocinadores culturais o Instituto de Geografia, História e Documentação da Universidade Federal de Mato Grosso, a Assembleia Social da Assembleia Legislativa do Estado, o Teatro Zulmira Canavarros e a Secretaria Municipal de Cultura de Cuiabá. Como importantes apoiadores culturais, teve a Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães/Secretária de Cultura, Turismo e Meio Ambiente, as pousadas Vento Sul, do Didi, Bom Jardim, Hotel Turismo, a Latitude Filmes e Equipamento, Fazer Bem e Casa Aldeia.

Sobre o diretor

Luiz Borges é cuiabano e tem grande contribuição à cultura mato-grossense. Doutor pela Universidade Brasília, pesquisador, escritor e cineasta, também assina as 20 edições do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, um projeto idealizado por ele na década de 1990.

Além de já ter atuado como produtor de filmes de cineastas de Mato Grosso, como Bruno Bini e Glória Albues – em “Baseados em Fatos Reais” e “Nó de Rosas”, respectivamente -, teve importante contribuição na produção dos longas-metragens “Mario”, de Hermano Pena, e “Latitude Zero”, de Toni Venturi.

Ele também é roteirista e diretor do curta-metragem “A Cilada com os Cinco Morenos”, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Filme no 4º Brazilian Filme Festival of Miami, em 2001. Borges é servidor da UFMT lotado no Núcleo de Documentação e Informação em Histórica Regional (NDIHR).

Serviço

Lançamento do filme Angelus Novus anuncia na boca da noite a derrocada do anticristo.

Quando: Dia 06 de abril, às 20h

Local: Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros.

Ingresso Social: 2 kg de alimento não perecível

Contado

Luiz Borges

WhatsApp: (65) 98417 76 02

E-mail: borgesluizcine@gmail.com

Com informações da assessoria

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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