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POLITÍCA NACIONAL

Para Lira, é preciso sair do presidencialismo de coalizão e ir para um governo de gestão dupla

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POLITÍCA NACIONAL


Marina Ramos/Presidência da Câmara
Lira quer o Congresso participando da gestão governamental

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), voltou a defender a adoção do sistema semipresidencialista para facilitar a gestão do governo. Para ele, é preciso estabelecer um modelo de governo de corresponsabilidade, no qual o Congresso Nacional participaria da gestão e das decisões, abandonando o atual presidencialismo de coalizão. “Devemos sair do governo de coalizão para um governo de gestão dupla com um Congresso responsável pelo que vota. Não se tem responsabilidade no que se vota nesse sistema atual, é duro dizer isso”, destacou Lira.

O presidente da Câmara participou de evento promovido pelo portal Jota, nesta segunda-feira (4), com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.

Grupo de Trabalho
Lira afirmou que o grupo de trabalho da Câmara criado para debater o tema tem como objetivo afastar “versões” sobre a proposta e formatar um texto que vai ser objeto de ampla discussão. Ele reforçou que, caso o modelo seja adotado, só entraria em funcionamento a partir de 2030, “despoluindo a disputa política atual”.

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O presidente da Câmara propôs ainda que o texto seja votado apenas pelos deputados eleitos na próxima legislatura. “Nada será feito do dia para noite”, salientou Lira.

O grupo, criado no último dia 18, é coordenado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) com o auxilio de um conselho consultivo do qual fazem parte os ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim e Ellen Gracie, e o ex-presidente da República Michel Temer.

Plebiscito
Lira descartou ainda a realização de um plebiscito em um primeiro momento para ouvir a população a respeito da proposta. “Colocar uma consulta antes de esclarecer o tema é colocar os carros na frente dos bois”, disse. Ele quer promover o debate sobre o tema e apontar vantagens e desvantagens do novo sistema. “O brasileiro gosta de votar para presidente, gosta de ter uma referência. Mas como o presidencialismo sobrevive numa constituição parlamentarista, com essa divisão de partidos? ”, questionou.

Para combater a fragmentação partidária brasileira, apontada como uma das dificuldades da mudança de governo para o semipresidencialismo, Arthur Lira destacou o fim das coligações nas eleições proporcionais e a adoção da cláusula de barreira.  Para ele, ambas as medidas vão garantir melhores condições para a atuação parlamentar, fortalecendo os partidos e diminuindo a fragmentação. “Em um futuro próximo, devemos ter mais claro uma união programática dos partidos em frentes mais delineadas. E, aí, podemos discutir o que cada candidato e cada partido representa no Congresso Nacional”, afirmou.

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Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Geórgia Moraes

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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