POLITÍCA NACIONAL
Relações entre Brasil e Israel foram destaque em sessão solene que homenageou Estado judaico
POLITÍCA NACIONAL

As relações entre Brasil e Israel – especialmente no que diz respeito à cooperação entre os dois países – foram um dos pontos levantados por parlamentares brasileiros em sessão solene que homenageou o 74° aniversário de criação do país do Oriente Médio, na quarta-feira (25), no Plenário da Câmara dos Deputados.
Um dos parlamentares que sugeriram a homenagem, o deputado e presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), destacou que os laços que irmanam Brasil e Israel remontam ao nascedouro desta nova etapa da nação israelense.
O estado de Israel foi criado em 14 de maio de 1948, por meio de uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) no ano anterior. A atuação do diplomata brasileiro Oswaldo Aranha (1894-1960) na sessão da assembleia-geral da ONU que aprovou a criação de Israel é sempre lembrada como um dos marcos fundadores do relacionamento entre os dois países.
“Os anos se passam e Israel se consolida como a principal nação do Oriente Médio e uma das poucas nações democráticas daquele lugar, com democracia saudável, equilibrada, com alternância de poder”, afirmou Sóstenes Cavalcante.
O presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), acrescentou que Israel é progressista, extremamente avançado em tecnologia e ciência. “Proporcionalmente, o estado de Israel é o que mais investe percentualmente do seu produto interno bruto em pesquisa e desenvolvimento”, afirmou. “Quanta tecnologia e quanto avanço Israel tem produzido para si e para o mundo.”

Vitórias
Em mensagem enviada aos parlamentares e lida na sessão solene pelo deputado Marcos Pereira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a data de criação de Israel representa o início de um percurso que hoje reúne inúmeras vitórias.
Segundo Lira, além de ser o reconhecimento internacional de que um povo expulso de sua terra havia séculos poderia voltar a compor uma nação unificada, era também um alívio para os judeus perseguidos na 2ª Guerra Mundial.
“Os primeiros anos foram duros. A superação da pobreza generalizada se deu com muito trabalho e investimentos em educação, ciência e tecnologia”, destacou o presidente da Câmara.
Ele lembrou ainda que, em suas mais de sete décadas de existência, Israel estreitou a amizade com o Brasil. Como exemplo dessa parceria, Lira citou a técnica de irrigação por gotejamento, desenvolvida no deserto do Neguev e implantada no semiárido nordestino com ótimos resultados.
“Enquanto o Brasil exporta produtos da nossa rica agricultura e pecuária, Israel nos envia produtos e tecnologia essencial para redução de custos e aumento da produtividade do setor rural”, disse ainda Arthur Lira, na mensagem.
Aliança espiritual
A relação entre Brasil e Israel, na opinião do 1º vice-presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, deputado Alan Rick (União-AC), vai além da diplomacia e da parceria comercial. Para ele, existe acima de tudo uma aliança espiritual. “Nós entendemos, como parlamentares cristãos, que Israel é a nação escolhida, o povo escolhido por Deus, abençoado desde o seu nascedouro”, declarou.
Citando uma passagem do livro bíblico de Isaías, a 1ª secretária do grupo parlamentar, deputada Maria Rosas (Republicanos-SP), relembrou a profecia da nação nascida em um só dia e que se transformou em potência mundial, sendo referência em produção agrícola em territórios desérticos, ciência, tecnologia e também na medicina.
“Israel é a nação fênix, a nação milagre. Jamais ouvimos dizer que outro povo tenha suportado tão grande massacre do holocausto, mas a nação de Israel suportou. Não sabemos de outro povo que tenha permanecido unido a pós tantas dispersões, mas Israel assim o fez”, disse Maria Rosas.

Conflitos
Para além dos avanços, os parlamentares lembraram também os conflitos existentes no Oriente Médio envolvendo árabes e israelenses.
Na mensagem enviada ao Plenário, o presidente Arthur Lira disse saber que “o desejo de todos é a suplantação das hostilidades”, para que todos os povos possam se desenvolver e conviver em harmonia.
A cooperação interparlamentar, segundo Lira, é fundamental nesse processo. Marcos Pereira acrescentou que Israel tem no Parlamento brasileiro “uma proteção, uma mão amiga contra aqueles que os acusam injustamente”.
Também o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, disse ver na Câmara dos Deputados um elemento importante na relação entre os dois países, tendo por base a amizade, o apreço e interesses em comum.
“A independência não foi fácil e temos que mantê-la. Aqui nesta Casa, guardiã da democracia no Brasil, acredito que vocês compreendam esse desejo”, afirmou o embaixador.
Ele defendeu ainda a reunião das riquezas brasileira e israelense para benefício dos dois povos, dos dois estados e da humanidade toda.
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Roberto Seabra
GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
-
Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
-
Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
-
Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
-
Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
-
Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
-
Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
-
Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
-
Perda de mercado para concorrentes de outros países.
-
Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
-
Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
-
Carnes bovina, suína e de frango
-
Café
-
Suco de laranja
-
Soja e derivados
-
Minério de ferro e aço
-
Aeronaves e peças da Embraer
-
Cosméticos e produtos farmacêuticos
-
Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
-
MATO GROSSO2 dias atrásVila Bela da Santíssima Trindade recebe primeiro evento itinerante de afroturismo de MT
-
MATO GROSSO2 dias atrásGrupo Petrópolis lança o ReCiclo, veículo elétrico que visa ampliar a margem de reciclagem de garrafas de vidro
-
MATO GROSSO2 dias atrásAACCMT lança campanha para arrecadar alimentos e presentes para crianças em tratamento contra o câncer
-
MATO GROSSO1 dia atrásFrederico Tannure Filho é reeleito presidente da Acrismat para o triênio 2026–2028
-
MATO GROSSO1 dia atrásGoverno Federal publica decreto que atende pedido da Acrismat e flexibiliza contratação de veterinários para inspeção em frigoríficos
-
MATO GROSSO11 horas atrásAtletas de Mato Grosso e de Rondônia disputam o cinturão do MT Warriors; confira o card completo