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POLITÍCA NACIONAL

Relações entre Brasil e Israel foram destaque em sessão solene que homenageou Estado judaico

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Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
Homenagem ao Aniversário da Criação do Estado de Israel. Dep. Marcos Pereira REPUBLICANOS-SP. Dep. Alan Rick UNIÃO - AC; Dep. Maria Rosas REPUBLICANOS - SP; Daniel Zohar - Embaixador de Israel No Brasil ; Claudio Lottenberg - Presidente da Confederação Israelita no Brasil
Marcos Pereira (C), do Grupo Parlamentar Brasil-Israel

As relações entre Brasil e Israel – especialmente no que diz respeito à cooperação entre os dois países – foram um dos pontos levantados por parlamentares brasileiros em sessão solene que homenageou o 74° aniversário de criação do país do Oriente Médio, na quarta-feira (25), no Plenário da Câmara dos Deputados.

Um dos parlamentares que sugeriram a homenagem, o deputado e presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), destacou que os laços que irmanam Brasil e Israel remontam ao nascedouro desta nova etapa da nação israelense.

O estado de Israel foi criado em 14 de maio de 1948, por meio de uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) no ano anterior. A atuação do diplomata brasileiro Oswaldo Aranha (1894-1960) na sessão da assembleia-geral da ONU que aprovou a criação de Israel é sempre lembrada como um dos marcos fundadores do relacionamento entre os dois países.

“Os anos se passam e Israel se consolida como a principal nação do Oriente Médio e uma das poucas nações democráticas daquele lugar, com democracia saudável, equilibrada, com alternância de poder”, afirmou Sóstenes Cavalcante.

O presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), acrescentou que Israel é progressista, extremamente avançado em tecnologia e ciência. “Proporcionalmente, o estado de Israel é o que mais investe percentualmente do seu produto interno bruto em pesquisa e desenvolvimento”, afirmou. “Quanta tecnologia e quanto avanço Israel tem produzido para si e para o mundo.”

Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
Homenagem ao Aniversário da Criação do Estado de Israel. Dep. Sóstenes Cavalcante PL - RJ
Sóstenes, um dos autores do pedido de realização da sessão solene

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Vitórias
Em mensagem enviada aos parlamentares e lida na sessão solene pelo deputado Marcos Pereira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a data de criação de Israel representa o início de um percurso que hoje reúne inúmeras vitórias.

Segundo Lira, além de ser o reconhecimento internacional de que um povo expulso de sua terra havia séculos poderia voltar a compor uma nação unificada, era também um alívio para os judeus perseguidos na 2ª Guerra Mundial.

“Os primeiros anos foram duros. A superação da pobreza generalizada se deu com muito trabalho e investimentos em educação, ciência e tecnologia”, destacou o presidente da Câmara.

Ele lembrou ainda que, em suas mais de sete décadas de existência, Israel estreitou a amizade com o Brasil. Como exemplo dessa parceria, Lira citou a técnica de irrigação por gotejamento, desenvolvida no deserto do Neguev e implantada no semiárido nordestino com ótimos resultados.

“Enquanto o Brasil exporta produtos da nossa rica agricultura e pecuária, Israel nos envia produtos e tecnologia essencial para redução de custos e aumento da produtividade do setor rural”, disse ainda Arthur Lira, na mensagem.

Aliança espiritual
A relação entre Brasil e Israel, na opinião do 1º vice-presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, deputado Alan Rick (União-AC), vai além da diplomacia e da parceria comercial. Para ele, existe acima de tudo uma aliança espiritual. “Nós entendemos, como parlamentares cristãos, que Israel é a nação escolhida, o povo escolhido por Deus, abençoado desde o seu nascedouro”, declarou.

Citando uma passagem do livro bíblico de Isaías, a 1ª secretária do grupo parlamentar, deputada Maria Rosas (Republicanos-SP), relembrou a profecia da nação nascida em um só dia e que se transformou em potência mundial, sendo referência em produção agrícola em territórios desérticos, ciência, tecnologia e também na medicina.

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“Israel é a nação fênix, a nação milagre. Jamais ouvimos dizer que outro povo tenha suportado tão grande massacre do holocausto, mas a nação de Israel suportou. Não sabemos de outro povo que tenha permanecido unido a pós tantas dispersões, mas Israel assim o fez”, disse Maria Rosas.

Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
Homenagem ao Aniversário da Criação do Estado de Israel. Daniel Zohar Zonshine - EMBAIXADOR DE ISRAEL NO BRASIL
Embaixador de Israel, Daniel Zohar Zonshine, durante a homenagem

Conflitos
Para além dos avanços, os parlamentares lembraram também os conflitos existentes no Oriente Médio envolvendo árabes e israelenses.

Na mensagem enviada ao Plenário, o presidente Arthur Lira disse saber que “o desejo de todos é a suplantação das hostilidades”, para que todos os povos possam se desenvolver e conviver em harmonia.

A cooperação interparlamentar, segundo Lira, é fundamental nesse processo. Marcos Pereira acrescentou que Israel tem no Parlamento brasileiro “uma proteção, uma mão amiga contra aqueles que os acusam injustamente”.

Também o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, disse ver na Câmara dos Deputados um elemento importante na relação entre os dois países, tendo por base a amizade, o apreço e interesses em comum.

“A independência não foi fácil e temos que mantê-la. Aqui nesta Casa, guardiã da democracia no Brasil, acredito que vocês compreendam esse desejo”, afirmou o embaixador.

Ele defendeu ainda a reunião das riquezas brasileira e israelense para benefício dos dois povos, dos dois estados e da humanidade toda.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Roberto Seabra

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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