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A doença de Alzheimer e a proteção para o câncer
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O câncer e a Doença de Alzheimer (DA), ao longo dos tempos, se tornaram um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Mesmo com a evolução médica, suas origens e formas de tratamentos se tornam um desafio à prática clínica.
Quase 50 milhões de pessoas no globo têm demência, sendo que a doença de Alzheimer afeta 62% desse grupo. Estima-se que em 2050, a Doença de Alzheimer ultrapassará 152 milhões de pessoas no planeta. Já o câncer está entre as principais causas de morte. Estima-se quase 20 milhões de casos novos ao ano e 10 milhões de mortes em todo mundo.
Os mecanismos fisiopatológicos dessas duas doenças são amplamente estudados, porém ainda não claramente definidos. Estudos mostram que elas compartilham alguns fatores de risco, contudo, nota-se uma correlação inversa entre o risco de câncer e doença de Alzheimer.
Paciente com a DA apresentam um risco de incidência de câncer 61% menor que a população de referência. Essa associação negativa pode sugerir a possibilidade de que a susceptibilidade a uma doença pode proteger a outra.
O câncer e a neurodegeneração são vistos como mecanismos de doença em extremos opostos do espectro: um devido a maior resistência à morte celular e o outro devido a morte celular prematura.
Um estudo publicado em 2014, na PLoS Genetics, revelou que genes são superexpressos em doenças do sistema nervoso central como Parkinson, Alzheimer e esquizofrenia e subexpressos em câncer de pulmão, cólon e próstata. Demais processos inflamatórios e mecanismos mitocondriais vêm sendo estudados como agentes envolvidos nesse processo.
Por fim, uma nova perspectiva no tratamento, tanto oncológico e mental, se abre e estudos mais aprofundados irão trazer possibilidades maiores para o tratamento e prevenção dessas doenças, entre eles as nanopartículas de oxido cério ou inibidores de tirosina quinase, que são os mais promissores.


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Distrofia Muscular de Duchenne: doença pode causar escoliose em casos mais graves, orienta ortopedista

No dia 7 de setembro é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), data reconhecida oficialmente pela Organização das Nações Unidas desde 2024.
A iniciativa tem como objetivo alertar sobre essa condição genética grave, que atinge principalmente meninos ainda na infância e provoca enfraquecimento muscular progressivo.
A Distrofia Muscular de Duchenne é uma doença genética hereditária ligada ao cromossomo X, caracterizada pela ausência ou deficiência da distrofina, uma proteína essencial para o funcionamento adequado dos músculos. Sem ela, as fibras musculares vão se degenerando ao longo do tempo, resultando em perda progressiva de força muscular.
“A importância de abordarmos essa patologia é para que as pessoas consigam fazer o diagnóstico de forma mais rápida e evitem danos maiores, pois com o passar do tempo, os músculos vão enfraquecendo e existem sinais visíveis no início da doença”, explica o médico especialista em coluna vertebral, Dr. Fábio Mendonça.
Nos casos mais graves da Distrofia Muscular de Duchenne, uma das complicações possíveis é o desenvolvimento de escoliose, uma curvatura anormal da coluna vertebral. Isso acontece devido ao enfraquecimento dos músculos responsáveis pela postura e sustentação do tronco.
“Em casos mais graves, pode resultar em escoliose devido ao comprometimento muscular”, acrescenta o Dr. Fábio Mendonça.
Os primeiros sinais da distrofia costumam aparecer nos primeiros anos de vida. Entre os principais indícios estão:
Atrasos no desenvolvimento motor, como engatinhar e sentar;
Dificuldade para caminhar;
Andar nas pontas dos pés;
Quedas frequentes;
Aumento do volume das panturrilhas (hipertrofia muscular aparente).
Esses sintomas devem ser acompanhados de perto por pediatras, neurologistas e ortopedistas para garantir um diagnóstico precoce e adequado.
“Entre os principais sinais está que a criança começa a andar com as pontas dos pés, aumento da panturrilha, quando demoram um pouco mais para engatinhar, sentar. Crianças que sofrem quedas frequentes também devem ser observadas”, reforça o médico.
Apesar de a DMD ter origem neurológica, é comum que os pais procurem primeiro um ortopedista, motivados pelas dificuldades na marcha ou pela redução da velocidade ao caminhar.
A distrofia não tenha cura, o diagnóstico precoce pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O acompanhamento multidisciplinar, com fisioterapia, uso de medicamentos como corticosteróides e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas, pode retardar a progressão da doença.
“Para um diagnóstico mais preciso, é necessário que a criança passe por consultas com médicos neurologistas e ortopedistas”, concluiu o médico.
Dr. Fábio Mendonça
Fábio Mendonça é médico ortopedista – traumatologista, cirurgião de coluna vertebral, presidente do Hospital HBento, em Cuiabá, e membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Ele atua na área da ortopedia há 16 anos e já realizou mais de 5 mil cirurgias.
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