Search
Close this search box.
CUIABÁ

BRASIL

Litoral paulista: em duas semanas, 15 golfinhos são encontrados mortos

Publicados

BRASIL

Em duas semanas, 15 golfinhos da espécie Pontoporia blainvillei, conhecidas como toninhas, foram encontrados mortos no litoral paulista, entre as praias de Bertioga e São Vicente. A informação é do Instituto Gremar, responsável por um trecho do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). 

Um motivo apresentado pela organização é que a primavera é uma estação marcada pelo nascimento de filhotes, o que pode acarretar um maior número de encalhes, já que esses animais serem mais vulneráveis.

Dos 15 animais encontrados mortos, entre 30 de setembro e 15 de outubro, sete eram filhotes ou juvenis, e oito adultos, entre os quais duas eram fêmeas e estavam prenhas. O instituto destaca que, nesses casos, durante o exame de necropsia também são colhidas amostras das carcaças para análises posteriores.

Pesca

A captura acidental em redes de pesca é uma das principais ameaças aos golfinhos. Seis dos animais mortos apresentavam “interações evidentes com estes artefatos”. Um dos casos foi registrado na Praia do Iporanga, no Guarujá. O animal tinha um apetrecho de pesca preso ao rosto.

Leia Também:  Chuva suspende aulas e deixa São Sebastião em estado de alerta

Outro problema recorrente é a poluição das águas e a sobrepesca, pois isso reduz a disponibilidade de alimento para a espécie. A intensa atividade portuária também é nociva, tendo em vista que produz ruídos no ambiente aquático que comprometem o sistema comunicativo deles. 

Espécie

O Gremar aponta que a toninha é uma das menores espécies de golfinho do mundo e ocorre apenas na América do Sul, especificamente entre o Espírito Santo, no Brasil, e o Golfo San Matias, na Argentina. Ela consta na Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.

As fêmeas da espécie têm uma gestação de aproximadamente 11 meses, tendo um filhote a cada um ou dois anos, o que é considerado um longo período quando se trata de recuperar as populações. O instituto chama atenção para a necessidade de conservação das toninhas por meio da ampliação do conhecimento e conscientização.

“Sua possível extinção traria grandes prejuízos ao ecossistema marinho. Também é essencial que prossigam as pesquisas voltadas para que as atividades antrópicas (realizadas por humanos) sejam cada vez mais devidamente ordenadas e regulamentadas”, propõe a organização.

Leia Também:  Área desmatada no Brasil em 2023 cai 11,6%, indica MapBiomas

Monitoramento

O PMP-BS é um programa que atende a um condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos. O projeto é conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A ideia é avaliar possíveis impactos da produção petrolífera sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos. O monitoramento vai de Laguna, em Santa Catarina, a Saquarema, no Rio de Janeiro, dividido em 15 trechos. O Gremar fica responsável pelo trecho de São Vicente a Bertioga.

O serviço de resgate de animais marinhos, debilitados ou mortos, pode ser feito pelos telefones 0800 642 3341 ou (13) 99711 4120. Mais informações estão disponíveis no site do projeto.

 A Agência Brasil procurou o Ibama, mas não houve retorno até a publicação da reportagem.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

BRASIL

Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

Publicados

em

A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

Leia Também:  Área desmatada no Brasil em 2023 cai 11,6%, indica MapBiomas

“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

Leia Também:  Ministério suspende feiras de aves para evitar gripe aviária no país

Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA