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POLITÍCA NACIONAL

Entidades de defesa dos idosos cobram mais atenção do Estado com instituições de longa permanência

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POLITÍCA NACIONAL

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência Pública para discutir sobre a necessidade de fortalecimento das Instituições de Longa Permanência.
Audiência promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

Debatedores ouvidos pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados apontaram, nesta quarta-feira (16), falhas do Estado brasileiro no atendimento a pessoas idosas em instituições de longa permanência (Ilpis). Segundo eles, além do número insuficiente de Ilpis para dar conta do aumento da população idosa, o Brasil carece de uma radiografia das estruturas disponíveis, incluindo recursos humanos e financeiros, e da população assistida.

As Ilpis são instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar.

Presidente da Frente Nacional de Fortalecimento das Ilpis, Karla Giacomin lamentou as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros idosos que precisam de Ilpis. “O cenário atual aponta para a inexistência de uma política nacional de cuidados de longa duração. A expressão prática dessa lacuna é a oferta pública tanto reduzida quanto heterogênea dessas instituições”, observou.

Karla Giacomin explicou que “os cuidados de longa duração são o suporte que pessoas mais velhas precisam para realizar cuidados pessoais, tarefas domésticas e para manter suas relações sociais”. Ela afirmou que “esses cuidados podem se dar no âmbito do domicílio, da comunidade e das instituições”.

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Vejuse de Oliveira, que representou a Associação Cearense Pró-Idosos (Acepi), também apontou as carências no atendimento público a idosos. “A pandemia nos mostrou que as Ilpis existem em uma realidade de carências absurdas, com estruturas inadequadas, recursos humanos ainda insuficientes e orçamentos extremamente precários, uma total apatia do governo em relação a essas instituições”, disse.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência Pública para discutir sobre a necessidade de fortalecimento das Instituições de Longa Permanência.
Denis Bezerra pediu mais recursos orçamentários para assistência aos idosos

O deputado Denis Bezerra (PSB-CE), que propôs a audiência pública, chamou atenção para o fato de os idosos representarem em breve ¼ da população brasileira; e defendeu mudanças no orçamento que comportem esse novo cenário. “Essa visão a gente só vai conseguir mudar, de fato, a partir do momento em que os parlamentares e o Executivo forem efetivamente cobrados pela população”, disse.

Cadastro
Promotor de Justiça no Ministério Público do Ceará, Elder Ximenes Filho apontou como essencial a criação de um cadastro nacional com dados oficiais sobre a oferta de Ilpis e sobre a população assistida, incluindo recursos humanos e financeiros disponíveis.

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Representando a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Renato Gomes reconheceu que, até 2019, o governo não contava com informações suficientes para planejar ações voltadas às Ilpis. Segundo ele, apenas com o início da pandemia de Covid-19 o governo passou a cadastrar essas instituições por meio de um formulário, recebendo 6 mil respostas.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência Pública para discutir sobre a necessidade de fortalecimento das Instituições de Longa Permanência.
Renato Gomes defendeu a criação de um modelo permanente de financiamento

Gomes acrescentou que o auxílio emergencial destinado às Ilpis durante a pandemia (Lei 14.018/20) permitiu que o governo beneficiasse cerca de 70 mil idosos em 2.117 instituições, com um total de R$ 165 milhões. Entretanto, ele reconheceu que essas ações não podem ser pontuais.

“Esses auxílios são pontuais, e o que as instituições de longa permanência precisam é de um modelo permanente, que esteja no Orçamento, para que as necessidades básicas sejam atendidas e elas tenham condições de prestar um serviço adequado. O Parlamento tem um papel fundamental nisso”, disse o secretário.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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