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ES: PM abre investigação sobre acesso de atirador às armas do pai

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A Corregedoria da Polícia Militar do Espírito Santo abriu, hoje (28), procedimento administrativo para apurar as circunstâncias em que o adolescente de 16 anos de idade teve acesso às armas do pai para provocar o ataque em duas escolas no distrito de Coqueiral, em Aracruz, na manhã de sexta-feira (25). Ele é filho de um policial militar e usou duas armas de responsabilidade do pai, um revólver de calibre 38 de propriedade privada, e uma pistola 40 pertencente à Polícia Militar.

A Polícia Civil também está investigando a conduta ou omissão dos pais sobre a atuação do atirador. Eles serão interrogados hoje. O adolescente foi apreendido e informou à polícia que sempre que tinha oportunidade de ficar sozinho em casa manuseava as armas do pai.

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, as autoridades policiais informaram que as armas estavam escondidas no quarto dos pais do adolescente, uma delas com um cadeado. Após os ataques, o jovem voltou para casa, devolveu as armas para o mesmo lugar e fingiu que nada tinha acontecido até a chegada dos policiais.

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Os ataques ocorreram na Escola Estadual Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral, uma escola particular. De acordo com a polícia, o atirador escolheu os locais pela proximidade com a sua casa.

Durante o atentado o adolescente usava símbolos nazistas. Também foram encontrados conteúdos semelhantes em seu celular. Segundo as investigações, apesar de o atirador ser simpatizante de ideias nazistas, não há confirmação de que fazia parte de qualquer grupo organizado. À polícia, ele disse que planejou o ataque porque sofria bullying. O jovem era considerado introspectivo, fazia tratamento psiquiátrico e psicológico e havia abandonado a escola há 6 meses.

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo, Marcio Celante, reforçou que foi um fato isolado e pediu tranquilidade à população. “Nós conseguimos apreender o adolescente que executou o ato criminoso, as investigações estão avançando, pedimos essa tranquilidade à população e confiança nas forças de segurança”, disse.

Vítimas

Quatro pessoas morreram no ataque, três professoras e uma estudante de 12 anos de idade. Ao todo foram atendidas 16 vítimas, com três mortes nos locais do ataque, duas professoras e a estudante.

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A Secretaria de Saúde do Espírito Santo informou que cinco pessoas permanecem internadas. Elas são atendidos em três instituições hospitalares da rede estadual.

Duas professoras, de 45 e 52 anos, estão em estado grave na UTI do Hospital Estadual Doutor Jayme dos Santos Neves, em Serra. Outra professora, de 58 anos, está sendo atendida em Vitória, no Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas. O estado de saúde dela é estável e aguarda melhora de feridas em membro inferior para ser submetida à nova cirurgia.

Também na capital capixaba, dois alunos seguem internados no Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória. Segundo a secretaria, um menino de 11 anos que estava em estado grave evoluiu para estável e foi transferido para uma unidade semi-intensiva. Uma menina de 14 anos segue entubada na UTI, e o estado de saúde é muito grave.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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