MATO GROSSO
Maranhense que se mudou para MT em busca de trabalho e descobriu metástase se casa no Hospital do Câncer
MATO GROSSO
Sob cuidados paliativos por conta do câncer que está em metástase, Eduardo Henrique Pereira Neris, de 46 anos, realizou o sonho de se casar com Dara Lúcia Macedo, de 43, com quem vive em união estável há 30 anos. A celebração aconteceu no Hospital do Câncer de Mato Grosso (HCanMT), na tarde desta quinta-feira (30). O casal sempre sonhou em oficializar o casamento, mas não o fizeram por falta de oportunidade.
Eduardo está internado no HCanMT, onde passou por tratamento de câncer no fígado e no pâncreas, que se espalhou pelo corpo do maranhense. Ele explica que há 11 dias as sessões de quimioterapias e outras medicações foram interrompidas.
Quando Eduardo descobriu o câncer, ele já estava em estado avançado. Ele e Dara se mudaram para Várzea Grande em busca de oportunidades de trabalho. Para conseguir acompanhar o tratamento do marido, Dara deixou o emprego e o casal sobrevive com auxílio.
“Temos três filhos e cinco netos. Sou de São Luís, no Maranhão, vim para trabalhar. Descobri a doença aqui, por isso optei por me tratar por aqui logo, não daria conta de chegar em casa, não. Estava ‘nas últimas’ praticamente. Tenho problema de anemia crônica”.
Dois dos três filhos do casal ainda moram em São Luís (MA) e apenas o mais novo vive com os pais em Várzea Grande. A filha de Eduardo está grávida do quinto neto do casal e o paciente afirma que gostaria de estar presente para conhecê-lo.
“Minha filha que está em São Luís do Maranhão está grávida, vai completar seis meses. Ela me liga todo dia. Meu filho mais novo está aqui. Queria estar lá, aliás, quero estar lá”.
Eduardo nasceu em 31 de janeiro, mas por conta de um erro na documentação é como se tivesse duas datas de aniversário. Durante a cerimônia de casamento no HCanMT, a banda convidada cantou parabéns para o maranhense.
Ele conta que o tratamento foi pesado, já que o tumor foi considerado como agressivo pelos médicos. Durante o período, Eduardo sempre pôde contar com a presença da esposa.
“Todo dia minha esposa vinha comigo, ela que fica comigo no hospital. Meu filho que está aqui não pode vir me ajudar aqui, ele precisa pagar o aluguel dele. Meu irmão veio me dar uma força no domingo. Nunca ouvi falar de casos de câncer na família, esse que apareceu nem se manifestou. Não sentia nada”.
Sob os olhares de convidados e profissionais de saúde do HCanMT, Eduardo e Dara finalmente trocaram alianças como sonharam.
OLHAR CONCEITO


MATO GROSSO
“Exames simples de raio-X podem ajudar no diagnóstico de câncer ósseo em crianças e adolescentes”, orienta especialista

Julho é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer e à importância do diagnóstico precoce. Dentro da campanha Julho Amarelo, o médico ortopedista e cirurgião de coluna, Dr. Fábio Mendonça chama atenção para o câncer ósseo, um tipo raro da doença, mas que acomete com maior frequência crianças e adolescentes, especialmente durante o período de crescimento.
A campanha tem como objetivo ampliar o acesso à informação e incentivar a busca por cuidados médicos diante de sintomas suspeitos. No caso do câncer ósseo, apesar da baixa incidência, o desconhecimento e o atraso no diagnóstico podem agravar o quadro.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cancerologia, o câncer ósseo representa cerca de 2% de todos os casos de câncer no Brasil, com uma média de 2.700 novos casos por ano.
“Apesar de não ser tão comum, o tumor ósseo merece atenção especial porque costuma surgir em fases iniciais da vida, principalmente durante o crescimento, quando há maior atividade celular nos ossos”, explica o Dr. Fábio Mendonça.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 12.500 novos casos de câncer infantojuvenil (0-19 anos) por ano, com taxa de sobrevida média global de 64%, variando entre 75% no Sul e 50% no Norte do país.
Entre os tipos mais comuns estão o osteossarcoma, que atinge os ossos diretamente, e o condrossarcoma, que se desenvolve nas cartilagens. Os principais sinais da doença envolvem dor persistente, principalmente à noite ou durante a madrugada, além de inchaço, vermelhidão e aumento de volume em determinadas regiões do corpo.
“O principal sintoma é a dor contínua, geralmente noturna. Não é comum que crianças reclamem de dor ao dormir, esse deve ser um sinal de alerta para os pais. É importante procurar um médico e fazer uma avaliação”, orienta o especialista.
O diagnóstico precoce é determinante para o sucesso do tratamento. “Quando identificada logo no início, a doença pode ser tratada com boas chances de cura, além de evitar sequelas funcionais. Exames simples de raio X podem auxiliar no diagnóstico. Quando tem essa suspeita do exame físico, aliados a radiografia, costumamos pedir outros exames que antecedem a biopsia”.
“O papel da família é essencial. Ouvir as queixas das crianças, observar mudanças no corpo e não minimizar dores persistentes pode fazer toda a diferença. Estamos falando de uma doença que tem cura, desde que seja detectada a tempo”, finalizou Fábio Mendonça.
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