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Grupo Música Antiga, da UFF, faz concerto inspirado na obra de Camões

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O grupo Música Antiga, da Universidade Federal Fluminense (UFF), apresenta neste domingo (16), às 10h30, concerto de música ibérica que destaca a obra poética do escritor português Luís Vaz de Camões. O concerto será realizado no Cine Arte UFF, em Icaraí, Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Os ingressos têm valor único de R$ 15.

Especialista em música medieval, renascentista e barroca, o grupo Música Antiga da UFF foi criado em 1982, contando, inicialmente, com nove músicos que acabaram sendo contratados, em 1984, como funcionários pela universidade. Com o decorrer dos anos, muitos dos integrantes se aposentaram, ficando o grupo com cinco músicos. Em 2018, foram abertas duas vagas e, em 2019, mais uma.

O concurso público promovido então pela instituição, em dezembro de 2019, aprovou três musicistas que se integraram ao grupo, composto atualmente por cinco músicos. No ano passado, após a pandemia da covid-19, o grupo voltou a ensaiar e a tocar presencialmente, e promoveu concerto comemorativo dos 40 anos do Música Antiga no teatro da UFF, para o qual foram convidados músicos aposentados do conjunto.

Em seus 40 anos de existência, o Música Antiga da UFF busca recriar a sonoridade da Idade Média e do Renascimento, levando ao espectador as músicas e o fascínio das histórias que compõem seus ricos repertórios, e transmitindo também não apenas a música, mas o contexto histórico e cultural dessas épocas. O grupo vem atuando ao longo de sua trajetória na consolidação do ensino, da pesquisa e da extensão, realizando trabalho de formação de plateia e de conexão da universidade com a sociedade. Os cinco integrantes são Cecilia Aprigliano, Leandro Mendes, Mario Orlando, Rosimary Parra e Sônia Leal Wegenast.

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Leandro Mendes informou à Agência Brasil que os instrumentos tocados pelo grupo incluem flautas doces, viela de arco (instrumento medieval antecessor do violino), percussão, harpa, viola da gamba (instrumento surgido em torno de 1400, antecessor do violoncelo), alaúde e vihuela (viola de mão). Leandro Mendes e Sônia Leal Wegenast cantam solo e todos fazem coro.

Camões

O programa do concerto engloba 15 músicas renascentistas portuguesas, envolvendo poesias do poeta português Camões que foram musicadas, além de canções que teriam versos do poeta ou, ainda, músicas de compositores da mesma época. O tema foi sugerido por Mario Orlando, que está fazendo doutorado e teve como uma das matérias as poesias de Camões.

”Ele fez o levantamento das músicas dessa época que teriam poesias de Camões. Como não eram muitas músicas, a gente preencheu [o repertório] com compositores da mesma época, como Luys Milan e compositores anônimos. Porque a gente usa muito cancioneiros renascentistas que têm músicas anônimas, entre as quais o Cancioneiro de Paris, Cancioneiro do Palácio, Cancioneiro D’Elvas, Cancioneiro de Belém, que é português. Usamos também canções de Antonio de Cabezón, que era compositor da época, entre outros”, disse Leandro Mendes.

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Entre as músicas cantadas que têm poesias de Camões, destaque para Minina dos Olhos Verdes, Foyse Gastamdo a Esperança, Señora bem Poderey, Vida da Mynha Alma, todas escritas em português e castelhano arcaico, explicou Mendes.

O poeta português viveu entre 1524 e 1580 e teve sua poesia musicada em diversas peças encontradas em cancioneiros ibéricos. Na poesia de Camões, as redondilhas são elaboradas a partir de um mote. Na música instrumental do século 16, percebem-se novas elaborações melódicas a partir de uma estrutura musical já conhecida, oriunda da música vocal ou da dança.

Confira aqui o programa completo.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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