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Kerson está em estado de emergência, após rompimento de barragem

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Depois da destruição da barragem de Nova Kakhovka e das consequentes inundações, na terça-feira (6), foi declarado um estado de emergência na região ocupada de Kherson. As autoridades russas que controlam esta região ucraniana confirmaram o desaparecimento de sete pessoas e temem que mais de 42 mil habitantes das áreas às margens do Rio Dnipro, estejam em perigo.

O estado de emergência foi imposto pelas autoridades, após o subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, dizer ao Conselho de Segurança que a destruição da barragem “terá consequências graves e de grande alcance para milhares de pessoas no Xul da Ucrânia, em ambos os lados da linha da frente, com perda de casas, alimentos, água potável e meios de subsistência”.

“A magnitude da catástrofe só será plenamente compreendida nos próximos dias”, afirmou Griffiths. “A destruição da barragem é possivelmente o incidente mais significativo de danos à infraestrutura civil desde o início da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022”.

Segundo a agência russa de notícias Tass, cerca de 2,7 mil casas foram inundadas ontem, na após a destruição da barragem. Pelo menos 1,3 mil pessoas foram retiradas pelas autoridades, estando sete pessoas desaparecidas.

A agência oficial informa ainda que as forças de ocupação russas na região criaram “40 centros de alojamento temporários, onde estão 345 pessoas”. Há também um “grupo de 350 socorristas pronto para trabalhar na região de Kherson”, segundo as autoridades que acrescentam que foram enviadas “cerca de 100 unidades de equipamentos, incluindo motas aquáticas”.

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“Agora estamos buscando informações sobre os desaparecidos. Sabemos ao certo que sete pessoas estão desaparecidas”, disse o prefeito de Kakhovka.

As equipas de socorro estão no local e o nível da água na cidade já começou a baixar, embora ainda seja “muito significativo”, acrescentou Vladimir Leontiev, citado pela agência de notícias russa Interfax. Cerca de 900 pessoas foram retiradas da região de Kakhovka, incluindo 17 resgatadas de telhados, já que a água atingiu 12 metros de altura. As previsões apontam, contudo, que o nível da água deve começar a baixar em três dias.

As autoridades ucranianas, por sua vez, admitem ter retirado mais de 17 mil pessoas de áreas afetadas.

“Mais de 40 mil pessoas correm o risco de estar em áreas inundadas (…) Infelizmente, mais de 25 mil civis estão no território sob controle russo”, anunciou o procurador-geral ucraniano Andrey Kostin.

A situação mais difícil está acontece no bairro de Korabelny, na cidade de Kherson, onde até agora, “o nível da água subiu 3,5 metros, mais de mil casas estão inundadas”, disse, em um comunicado, o vice-chefe de gabinete da Presidência ucraniana, Alexey Kouleba, que assegurou que as evacuações de pessoas vão continuar durante os próximos dias, em carros e comboios.

“No momento, 24 cidades na Ucrânia foram inundadas”, disse o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko.

A barragem de Kakhovka é uma estrutura fundamental no Sul do país que fornece água à Crimeia, a península anexada pela Rússia em 2014. Considerada no início da invasão como um alvo prioritário para os russos, esta barragem hidroelétrica no Rio Dniepre está na linha da frente entre as regiões controladas por Moscou e o resto da Ucrânia.

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Água potável

Centenas de milhares de pessoas ficaram sem acesso à água potável desde a destruição parcial da barragem de Kakhovka, disse o presidente da Ucrânia. De acordo com Volodymyr Zelensky, pelo menos “dezenas de milhares” ainda estão presas na região.

“Os nossos serviços, todos aqueles que podem ajudar as pessoas, já estão envolvidos. Mas só podemos ajudar no território controlado pela Ucrânia”, escreveu o presidente ucraniano no Instagram. “Na parte ocupada pela Rússia, as forças de ocupação nem tentam ajudar as pessoas”.

Zelensky condenou o ataque à barragem, acusando as forças russas e alegando que foi “absolutamente deliberado”.

“Os terroristas russos provaram mais uma vez que são uma ameaça para todos os seres vivos”, acrescentou.

Na terça-feira, Kiev e Moscou acusaram-se mutuamente pela destruição parcial da barragem, mas ainda não há dados que comprovem o que aconteceu.

*É proibido reproduzir este conteúdo

Fonte: EBC Internacional

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Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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