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Unidades de saúde e educação do Rio recebem certificação de qualidade

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Nos últimos 18 meses, unidades públicas de saúde e de educação do município do Rio de Janeiro empenharam-se em melhorar o atendimento voltado para a primeira infância, ou seja, desde a gravidez, com exames pré-natal, ao atendimento às crianças com até 6 anos de idade. Nesta quarta-feira (21), 128 dessas instituições foram certificadas como Unidades Amigas da Primeira Infância (Uapi), o que significa que prestam um serviço de qualidade para esse público. 

“O nosso diferencial é pensar na qualidade da assistência prestada, pensar na qualidade do serviço que estou oferecendo para essas crianças. Temos as visitas domiciliares feitas pelo agente comunitário, o acompanhamento da criança com saúde bucal, acolhimento do bebê, feito pela equipe de saúde da família até a data adequada preconizada. Então, ser certificada como Unidades Amigas da Primeira Infância e alcançar todos esses indicadores é algo muito feliz”, comemora a gerente de serviço de saúde do Centro Municipal de Saúde Nilza Rosa, Jéssica Ribeiro. O CMS atende às crianças do Morro da Formiga, na Tijuca, Zona Norte da capital.  

A cerimônia de certificação ocorreu nesta quarta-feira, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ao lado de Jéssica, igualmente emocionado está o gerente da Clínica da Família Santa Marta, em Botafogo, Zona Sul da cidade.

“Eu acredito que essa cerificação é fruto de um trabalho em equipe, um trabalho muito construtivo e muito alinhado principalmente por pensar no cuidado das nossas crianças dos nossos bebês, partindo do pressuposto que se a gente pensa na integralidade do cuidado ao longo de toda a vida a gente tem que ter um olhar diferenciado desde o início desde o pré-natal”, diz.  

As duas instituições fazem parte do grupo de 117 unidades de saúde que foram certificadas pela prefeitura do Rio e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) como Uapi. Além delas, também foram contempladas 11 unidades de educação. Na cerimônia, foi apresentada ainda experiência piloto com assistência social realizada no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Acari.   

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Primeira infância  

A Uapi é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que tem o objetivo de promover serviços de qualidade para a primeira infância. A intenção é que as áreas de educação, saúde e assistência social trabalhem juntas para garantir o desenvolvimento pleno das crianças.  

“Isso significa que estão fazendo um trabalho muito próximo ou de excelência para a criança. Na saúde, quer dizer que tiveram bons indicadores de vacinação, puericultura [proteção da saúde das crianças e adolescentes], indicadores que demonstram qualidade do serviço, melhora do registro nos dados, no monitoramento. Na educação da mesma forma, significa que estão tendo uma educação de qualidade”, diz a chefe da área de Saúde do Unicef no Brasil, Stephanie Amaral.  

Stephanie ressalta a importância dos cuidados na primeira infância para o desenvolvimento dos seres humanos. “A gente diz que é o momento mais importante da vida, momento de grande desenvolvimento cerebral, de desenvolvimento cognitivo da criança, então, ter serviços públicos que atendam realmente às necessidades é essencial para o agora e para o futuro, para que a criança não só sobreviva, mas que prospere na vida”.  

A Uapi começou em Fortaleza e, em 2021, em meio a pandemia, foi expandida para outras capitais. Agora, na edição, 2022-2023, seis capitais integram a iniciativa e o Rio é a primeira a ser certificada. Belém, Fortaleza, São Luís, Salvador e Recife receberão as certificações em julho e agosto.  

O Rio foi a cidade com mais unidades inscritas na iniciativa e com mais certificações. O subsecretario municipal de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Renato Cony destacou a importância das políticas públicas para reduzir desigualdades e para oferecer um serviço de qualidade para a população. “O Rio é uma cidade desigual, uma cidade partida, com heterogeneidade de oportunidades. A gente entende que garantindo a presença do poder público dentro das nossas comunidades, junto às nossas crianças e provendo essas crianças com os melhores serviços públicos, a gente vai conseguir garantir para elas condições objetivas de daqui a 15, 20 anos adentrar no mercado de trabalho, constituir família e exercer a sua cidadania de forma plena”, defende.  

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Requisitos  

Para ser reconhecida como uma Uapi, as unidades de saúde e de educação devem cumprir uma série de metas. Na saúde, por exemplo, é preciso que a unidade promova a vacinação infantil, inclusive fazendo uma busca ativa dos não vacinados; oriente boas práticas de saúde bucal; estimule o aleitamento materno, entre outras.  

Já na educação, para serem certificadas, é preciso, entre outras metas, que as creches e pré-escolas fortaleçam a aprendizagem das crianças de até 6 anos de idade, promovendo interações e brincadeiras; proporcionem acessibilidade às crianças com deficiência, transtorno do espectro autista e/ou altas habilidades, promovendo o seu desenvolvimento e oferecendo múltiplas formas de expressão e interação a todas as crianças.  

A escolha das unidades certificadas foi realizada por um comitê científico, formado pelo Unicef, Secretarias Municipais de Assistência Social, Educação e Saúde, além do Centro de Criação de Imagem Popular (CECIP) e World Forum Organization. 

Cada edição da iniciativa Uapi dura 18 meses. O processo é desenvolvido de forma colaborativa pelas equipes em cada unidade participante. Inicialmente, o Unicef e os parceiros do projeto disponibilizam um programa de capacitação online cujo primeiro módulo é voltado para a mobilização das unidades de saúde e educação infantil para a adesão à iniciativa.  

Após a adesão, as equipes inscritas continuam participando da capacitação para acessarem o material e as informações necessárias para a implementação da metodologia. O programa de capacitação inclui informações básicas sobre primeira infância e trabalho em rede, implementação da metodologia e a qualificação. Mais informações estão disponíveis na página do Unicef.  

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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