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Seduc realiza a segunda aplicação do Exame Certificador de EJA em unidade prisional

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A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), realiza na próxima segunda-feira (26.05), mais uma etapa do Exame Certificador da Educação de Jovens e Adultos (Certifica Mais), parceria entre a Escola Estadual Gilvan de Souza e a Penitenciária Pública de Porto Alegre do Norte, no interior do Estado.

A ação tem como objetivo conceder a certificação da conclusão dos estudos das etapas do Ensino Fundamental e Médio. A primeira avaliação foi realizada no dia 14 de junho, com a presença da Diretoria Regional de Educação (DRE) Polo de Confresa e do Núcleo de Educação Socioeducativo e Prisional Pública (NESP).

O diretor da Escola Gilvan de Souza, Jhonnathan Rodrigues, explicou que a ação é fundamental para a inclusão. “Nessa primeira etapa, 12 estudantes tiveram a oportunidade de realizar o exame, e puderam testar seu conhecimento. É importante dizer que com essa pequena ação, vai transformar a vida de muitos cidadãos em privação de liberdade, proporcionando assim, à equidade”, pontuou.

Já o diretor da unidade prisional, Raimundo Ferreira Fonseca, ressaltou a implementação do exame no sistema. “Sabemos que as pessoas privadas de liberdade, muitas vezes não tiveram ou não aproveitaram a oportunidade de concluir os estudos. Esta ação impulsiona esse resgate, e possibilita que eles concluam seu ensino e voltem à sociedade com um novo horizonte, um novo futuro”, disse.

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O estudante K.S.U., da Escola Estadual Gilvan de Souza, contou que a primeira etapa do exame foi realizada de maneira on-line, utilizando o Chromebook. Para ele, essa metodologia contribui para a sua interação positiva. “Realizar o exame de maneira online é extremamente positivo e importante para obter um resultado satisfatório, as questões ficam mais fáceis e contribuem para o nosso avanço durante esse processo”, disse.

Já A.D.B, da mesma unidade, destacou a chance de poder avançar com os estudos. “É uma oportunidade de se dedicar aos estudos e recomeçar”, disse.

O coordenador de Educação de Jovens e Adultos da Seduc, José Antônio Moreira, disse que a ação proporciona inclusão educacional, e que a oferta do Certifica Mais é mais uma maneira de avançar com a educação em Mato Grosso. Segundo ele, o programa é uma união de esforços que resulta em oportunidades. “Por meio das nossas estratégias e esforços é possível notar uma mobilização intensiva através dos educadores e os profissionais do Sistema Prisional, garantindo e ampliando o direito das pessoas privadas de liberdade à educação”, concluiu.

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Na primeira etapa, os estudantes realizaram o exame direcionado às seguintes áreas de conhecimento: Linguagem (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Arte e Educação Física) e Ciências da Natureza (Química, Física e Biologia). Na segunda etapa, o exame será dirigido às seguintes áreas de conhecimento: Área de humanas (Filosofia, Sociologia, História, Geografia) e área da matemática e suas tecnologias: Matemática.

Sobre o exame

O Exame Certificador de EJA é um programa do Governo do Estado de Mato Grosso, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação, que visa conceder a todo cidadão e cidadã mato-grossense, que não finalizou seus estudos em idade escolar regular, a oportunidade de obter a certificação da Educação Básica. Ao todo, 37 unidades de aplicação do Exame Certificador de EJA estão distribuídas pelo Estado, de acordo com sua localização geográfica.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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