Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Autoridades lembram papel da Bahia na consolidação da Independência do Brasil

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

Uma sessão solene do Congresso Nacional homenageou nesta quarta-feira (5) o bicentenário da Independência da Bahia, comemorado em 2 de julho. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, cantou o hino do estado, acompanhada pela Orquestra Sinfônica da Força Aérea Brasileira. Autoridades federais e estaduais lotaram o plenário do Senado para a solenidade, que lembrou o papel da Bahia na consolidação da Independência do Brasil.

Os conflitos entre os baianos que queriam e os que não queriam ser independentes começaram em fevereiro de 1822, sete meses antes da declaração de Independência feita por Dom Pedro I.

Mesmo depois do Grito do Ipiranga, a Bahia continuou dividida, com tropas leais a Portugal lutando contra as que apoiavam o novo imperador. Só em 2 de julho de 1823, os que desejavam um Brasil independente derrotaram os portugueses.

Durante a sessão solene, a ministra Margareth Menezes comparou a luta pela independência com o momento atual e salientou a importância da democracia. “As comemorações do 2 de julho são também a lembrança de que precisamos enfrentar a tirania com altivez, coragem, criatividade, qualidades que temos em abundância. A história prova que as conquistas de direitos fundamentais não são alcançadas em eventos isolados, são frutos de muitas e muitas ações”.

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Lídice da Mata: “Nós precisamos incluir os negros na democracia brasileira, caminho escolhido pelas forças do 2 de julho”

Leia Também:  Câmara aprova emendas do Senado a plano de metas para enfrentar violência contra mulher

Vários deputados da bancada da Bahia apontaram o 2 de julho como uma data histórica nacional. Rogéria Santos (Republicanos-BA) sublinhou o valor do povo baiano, que se mira em exemplos como os das mulheres que participaram da independência, como Maria Filipa, Maria Quitéria e Joana Angélica.

Lídice da Mata (PSB-BA) lembrou que, 200 anos atrás, os negros escravizados eram a maioria da população brasileira – mais de 80%. Eles participaram das lutas pela independência com a promessa de uma abolição que só aconteceu 65 anos depois. “Nós precisamos incluir os negros na democracia brasileira, que foi o caminho escolhido pelas forças democráticas do 2 de julho, e, finalmente, pelo povo brasileiro, na sua história seguinte”.

Bacelar (PV-BA) evidenciou a coragem e a bravura dos que lutaram para conquistar a liberdade. “Movidos pela chama da liberdade, nossos antepassados enfrentaram grandes adversidades unidos em um único propósito: tornar o Brasil livre e soberano. Devemos honrar o legado dos nossos antepassados lutando incansavelmente por um país mais justo, igualitário e próspero”.

Leia Também:  Comissão aprova medidas para combater trabalho infantil em aplicativos de entrega

Além da sessão solene do Congresso Nacional, os 200 anos da independência da Bahia são homenageados por uma exposição no Corredor Tereza de Benguela, que dá acesso ao plenário da Câmara. A mostra tem fotos, ilustrações e textos e está em cartaz até o dia 21 de julho. Ela pode ser visitada das 9h às 17h.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  Comissão aprova medidas para combater trabalho infantil em aplicativos de entrega

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  Comissão aprova projeto que obriga hotéis a terem ao menos 20% de quartos acessíveis

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA