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Nobel da Paz pede que Américas aprovem leis para proteger o solo
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Nobel da Paz e vencedor do Prêmio Mundial da Alimentação 2020, o cientista indiano Rattan Lal pediu a países das Américas que aprovem leis para proteger a saúde de seus solos. Durante a Conferência de Ministros da Agricultura das Américas 2023, em San José, na Costa Rica, Rattan Lal destacou que o solo desempenha papel estratégico para a agricultura, a sustentabilidade ambiental e a segurança alimentar global. 

“Uma lei que promova a saúde do solo deve ser uma prioridade a nível nacional. Espero realmente que essas leis sejam incorporadas. Sejam proativos quando retornarem aos seus países”, disse, se referindo aos ministros presentes no evento. Rattan Lal defendeu ainda que agricultores recebam créditos de carbono por serviços ecossistêmicos e pelas práticas de conservação. “Defendam as coisas em que acreditam. Caso contrário, ficaremos para trás.”
Participam da conferência 32 ministros de países-membros do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), além de organismos internacionais, líderes rurais, representantes do setor produtivo e da indústria, além de acadêmicos. O encontro termina nesta quinta-feira (5) em solo costa-riquenho e teve seus debates dominados por temas como sustentabilidade, segurança alimentar, mudanças climáticas e agricultura familiar.
“Melhoramos a saúde do solo ao agregar carbono ao solo. Produtividade e resiliência. Com esse potencial de sequestro de carbono e com os solos administrados corretamente, podemos mitigar as mudanças climáticas e cumprir objetivos de desenvolvimento sustentável como o fim da pobreza, fome zero, redução das desigualdades, água e saneamento. Metas que não estamos cumprindo porque a palavra solo, que diz respeito a todos, não aparece”, concluiu Rattan Lal.
*A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Fonte: EBC GERAL
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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