POLITÍCA NACIONAL
Lançada frente parlamentar mista em defesa da reforma tributária
POLITÍCA NACIONAL
Deputados e senadores lançaram nesta quarta-feira (18) a Frente Parlamentar Mista da Reforma Tributária. A solenidade foi acompanhada de um debate na Câmara dos Deputados para analisar as propostas hoje em discussão no Congresso Nacional.
O deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), um dos coordenadores da frente, lembrou que, após as eventuais mudanças na Constituição, serão necessárias leis complementares para regulamentação do sistema tributário.
“Espero que nossa atuação em 2024 possa trazer ao Brasil um novo momento do tributo, um novo momento de expansão econômica e de justiça tributária, o que, com certeza, todos nós desejamos para o País”, afirmou Benevides Filho.
Simplificação
Em julho, a Câmara aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/19. O texto simplifica impostos sobre o consumo, unifica leis sobre novos tributos e prevê fundos para desenvolvimento regional e para bancar o ICMS até 2032.
A versão aprovada pela Câmara está agora em análise pelo Senado, que espera concluir a votação em dois turnos no Plenário até o dia 9 de novembro. Para virar emenda constitucional, o mesmo texto precisa ser aprovado por ambas as Casas.
Defenderam essa reforma tributária todos os palestrantes no debate da Câmara, os deputados Bohn Gass (PT-RS), Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) e Júlio Cesar (PSD-PI) e o dirigente da central de trabalhadores Intersindical Alexandre Caso.
“Como coordenador da bancada do Nordeste, estou satisfeito, porque vi quatro projetos de reforma tributária tramitando e nenhum avançou. Este [aprovado pela Câmara] progrediu porque foi amplamente negociado com os entes federativos”, disse Júlio Cesar.
Dois objetivos
Para o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, as mudanças devem visar o sistema progressivo, para que os ricos paguem proporcionalmente mais impostos, e ajudar o crescimento econômico.
Appy afirmou que a frente parlamentar mista buscará uma reforma tributária que aprimore a cobrança de impostos e contribuições, adote modelo progressivo e proporcione desenvolvimento econômico e redução das desigualdades no País.
“O governo quer avançar em todas essas iniciativas”, declarou o secretário. “A reforma da tributação sobre consumo, hoje aqui no Congresso, ajudará no crescimento da economia, mas também reduzirá desigualdades regionais”, comentou ele.
“Já a reforma da tributação sobre a renda e o patrimônio precisará eliminar, na medida do possível, as distorções que fazem com que uma parcela relevante da população de alta renda pague pouco imposto no Brasil”, avaliou.
O que são as frentes parlamentares
As frentes parlamentares reúnem integrantes de vários partidos para tratar de temas de interesse da sociedade. Podem ser compostas apenas por deputados ou mistas, formadas por deputados e senadores.
Para ser constituída, a frente deverá registrar requerimento na Câmara contendo o nome do representante do grupo e a composição – com, pelo menos, um terço dos deputados (171) ou, no caso das mistas, também no mínimo 27 senadores.
A Frente Parlamentar Mista da Reforma Tributária terá coordenação colegiada – os deputados Benevides Filho, Gass, Reginaldo Lopes (PT-MG) e Dilvanda Faro (PT-PA) e os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Conforme os registros da Câmara, além da Frente Parlamentar Mista da Reforma Tributária, atualmente 134 colegiados reúnem parlamentares das duas Casas do Congresso e estão em atividade. Outras 122 frentes reúnem apenas deputados.
Reportagem – Ralph Machado
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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