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“Me acolheram em momento de dor e me fizeram sentir segura”, afirma mulher atendida por programa da PMMT

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Programa da Polícia Militar já prestou apoio à 12,1 mil mulheres vítimas de violência doméstica no Estado

“Me acolheram em um momento de dor e me senti segura novamente”, afirmou uma das 12,1 mil mulheres assistidas pelo programa Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar de Mato Grosso. O trabalho teve início em 2019, com o objetivo de encerrar ciclos de violência doméstica, resgatar a sensação de segurança e dignidade das vítimas.

Luciene Aparecida* relata que sofreu violência doméstica por 25 anos e que as agressões aumentaram ela pedir o divórcio, chegando a ser expulsa de casa, junto com a filha, durante o tratamento contra um câncer.

“Você sente que perdeu a dignidade, a sensibilidade e se pergunta o motivo de estar vivendo daquela forma. Eu estava careca, fragilizada e me sentindo no fundo do poço. Não recebi apoio de amigos e fui julgada até mesmo pela minha própria família”, relembrou.

Luciene procurou uma Delegacia da Mulher e registrou boletim de ocorrência contra o agressor, na tentativa de por fim a todas às agressões que passou do ex-marido e se reestabelecer física e psicologicamente.

Posteriormente, ela recebeu uma visita dos policiais militares que atuam no Patrulhamento Maria da Penha em Cuiabá na residência dela, momento em que ela pode se sentir segura novamente em casa.

“Eles agiram com uma generosidade que não tem explicação. Foram atenciosos, me acolheram naquele momento de dor. Quando eu sofria as agressões, me sentia culpada, mas eles me acolheram, orientaram e fizeram eu entender aquela situação. Meu desejo hoje é ajudar outras mulheres a superarem isso e a denunciarem o agressor”, relatou.

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A tenente Denyse Pereira Valadão, que participa da Patrulha Maria da Penha, conta que um dos principais sinais do ciclo de violência é a vítima se sentir culpada pelas agressões, se isolar da família e amigos por medo do agressor.

“Me sinto honrada por ser uma mulher que ajuda outras mulheres por meio da Patrulha Maria da Penha desde toda a criação e formulação do trabalho, da instrução normativa e da capacitação e acredito que possamos fazer ainda mais para que as mulheres saiam do ciclo de violência. A Patrulha vem proporcionando o resgate do direito à vida, dignidade e segurança das mulheres vítimas e suas famílias”, afirma a tenente.

Feminicídio Zero

A Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar de Mato Grosso não registrou nenhum caso de feminicídio de mulheres assistidas pelo programa no estado.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Corrêa Mendes, destacou que o programa tem reduzido índices de reincidência de violência entre as mulheres atendidas pelo programa.

“A Patrulha Maria da Penha é um instrumento para que possamos levar uma proteção maior a essas mulheres vítimas de violência. Para a instituição, isso é motivo de orgulho e de dever cumprido. Hoje, atendemos mais de 12 mil mulheres pela Patrulha, em grande parte do Estado, e, independentemente, do programa, a Polícia Militar está presente em todos os 142 municípios e sempre direcionada a atender esse tipo de ocorrência”.

Atualmente, cerca de 100 militares compõem o efetivo do programa, que está inserido em todos os 15 Comandos Regionais da Polícia Militar, presentes em 96 municípios. O números de atendimento se volta para o crescimento do programa ao longo dos anos que promove atividades de prevenção primária com realização de palestras, orientações, blitz educativas e outras formas de trabalho de acolhimento com as vítimas.

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Desde a implementação, o Governo de Mato Grosso já investiu mais de R$ 2,3 milhões no programa, voltados para a aquisição de viaturas e equipamentos tecnológicos e de trabalho próprios, além da reforma de locais e  espaços para atendimento das vítimas.

Denuncie e procure ajuda

A coordenadora de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, responsável pelo projeto Patrulha Maria da Penha da PMMT, tenente-coronel Emirella Martins, ressaltou que o crime de violência contra a mulher acontece em todas as classes sociais e apontou a importância do apoio de outras instituições no atendimento às vítimas.

“A integração das forças de segurança é de extrema importância, haja vista que alertamos sobre a importância da denúncia para que o Estado possa alcançar e amparar ainda mais vítima e, por fim, acabar com esse tipo de reincidência. Nossos policiais são treinados e preparados para lidar com essa temática que é tão problemática, complexa e delicada”, apontou.

Emirella pondera que o crime de violência contra a mulher costuma ser silencioso e as vítimas muitas vezes possuem medo ou vergonha por julgamento da própria família. “Essa é uma realidade que já mudou, mas precisamos falar cada vez mais sobre esse tipo de violência e, mais importante ainda, orientar a vítima a procurar ajuda”.

A Polícia Militar orienta a população a continuar denunciando os crimes de violência contra as mulheres via 190 ou pelo 0800 65 3535.

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Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado

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A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.

Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.

A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.

O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.

Investigação

Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.

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As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.

As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.

Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.

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Reaver veículo e desistência de ação

De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.

Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.

As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.

Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.

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