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Fórum Agro MT solicita novas linhas de custeio e investimento ao secretário Neri Geller

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Preocupado com o endividamento do produtor e com o custeio da lavoura para as próximas safras por conta da quebra de safra causada pelas condições climáticas adversas, o Fórum Agro MT entregou ofício ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller, com demandas que podem dar um fôlego a mais aos produtores. Apesar da divergência da porcentagem nas pesquisas divulgadas por entidades ligadas ao setor, a queda na produção é dada como certa, e pode variar entre 14% e 20% de redução em comparação com a safra 2022/2023.

Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a expectativa é uma quebra de 13,99% em relação ao colhido na safra passada. Conforme divulgado também pela entidade, o Custeio Operacional Total (COT) da soja está estimado em 54,73 sacas/hectare e a expectativa de safra está, em média, na casa de 53,59 sacas/hectare.

“Qualquer pessoa só de bater o olho já consegue observar que essa conta não fecha, e o produtor, que conhece as dificuldades da atividade, sabe que o custo operacional maior que a expectativa da safra é preocupante. Por isso sabemos o que é preciso para alentar o produtor e solicitamos linhas de crédito para custeio e para investimento, não só para o produtor de soja e milho, mas também para outras culturas, bem como aos criadores e para o setor de sementes”, ponderou o presidente do Fórum Agro, Itamar Canossa.

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No ofício, a sugestão da entidade é a criação de uma linha de custeio, com dois anos de carência e cinco de prazo para pagamento, e uma linha de crédito para investimento, com carência de um ano e prazo de três anos para pagamento. Com o atual cenário de falta de recursos do Governo para novas linhas de crédito, a sugestão da entidade é buscar recursos para o empréstimo em dólar, com taxa pré-definida de até 7% mais variação cambial.

O Secretário agradeceu a proximidade com o setor produtivo, e a participação do poder legislativo na reunião e disse que a Secretaria está de portas abertas para ouvir o produtor. “Estamos aqui para ouvir o setor e encaminhar uma solução para as demandas apresentadas. Nós já temos algumas ações em desenvolvimento para socorrer o produtor neste momento de dificuldade, e vamos também buscar parcerias com o Governo do Estado para que possamos fazer uma proposta com recurso federal, estadual e com participação do produtor, para que, quando uma situação dessa ocorrer, todos possam estar respaldados pelo seguro agrícola” afirmou Neri Geller.

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Aprosmat

O setor de sementes também teve demanda inclusa no ofício. A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) solicitou a ampliação do limite de financiamento para o produtor de sementes para o valor de R$ 35 milhões, por CPF ou CNPJ, no Empréstimo do Governo Federal (EGF), a partir da safra agrícola 2023/2024, tendo como referência o preço do mercado de sementes. Também consta de suas reinvindicações que o setor de sementes e mudas seja enquadrado como beneficiário dos descontos das taxas de financiamentos do Governo Federal, devido as boas práticas de serviços ecológicos e ambientais promovidos pelo setor.

Acrismat

Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), aproveitou a oportunidade para oficializar as demandas para o setor que foram tratadas no encontro realizado com o secretário em janeiro. A associação pediu ampliação de 27 ton/mês para 50 ton/mês da compra de milho na modalidade de venda balcão junto à CONAB, o estabelecimento de uma Política Geral de Preços Mínimos (PGPM) para os suínos, a ser implementada em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e redução das exigências de garantia para o financiamento para Retenção de Matrizes Suínas.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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