MATO GROSSO
Seduc amplia investimento no Programa MT Mais Muxirum para alfabetizar 18 mil pessoas em 2024
MATO GROSSO
Segundo a Seduc, desde 2021 o Programa Mais MT Muxirum alfabetizou 52 mil pessoas, contribuindo significativamente para a redução do analfabetismo no Estado. A expectativa é alcançar a marca de R$ 47,7 milhões investidos até 2025, evidenciando o comprometimento com a alfabetização de jovens e adultos.
O secretário de Educação Alan Porto destacou a importância que o programa tem para jovens e adultos. “O objetivo do Muxirum é dar a oportunidade àquelas pessoas que não aprenderam a ler e escrever. Nossa meta é erradicar o analfabetismo em Mato Grosso e vamos chegar em 2025 com mais de 70 mil pessoas alfabetizadas nesta gestão”.
O secretário destacou que os R$ 2 milhões a mais de investimento no programa em 2024 foram para proporcionar um reajuste de 66% na bolsa-auxílio dos alfabetizadores e de 30% para os coordenadores.
“São 1.544 alfabetizadores e 164 coordenadores locais, que passam a receber R$ 1 mil e R$ 1.300, respectivamente. Além disso, o investimento inclui o material pedagógico específico e o lanche dos estudantes”, completou.
A presidente do Abrigo Bom Jesus, Márcia Ferreira, disse que além de ser um projeto de alfabetização, o Muxirum é uma oportunidade do idoso se socializar. “É uma satisfação estar mais um ano no Muxirum aqui no abrigo. A prioridade não é só alfabetizar o idoso, é fazer com que ele se sinta valorizado, é trabalhar a autoestima, quando ele deixa de rabiscar e passa a assinar o próprio nome”.
A estudante Maria de Lurdes, de 78 anos, destacou a importância do programa MT Muxirum, pois a ajuda a não esquecer o que aprendeu quando era criança. “A minha expectativa está muito boa, pois, quero aprender um pouco de matemática. Preciso aprender a lidar com números”.
O senhor Valdevino dos Santos, de 83 anos, acrescentou que até o final do ano pretende aprender a escrever ao menos o seu nome. “Quero recuperar o tempo perdido. Na minha época de criança meus pais não me deixaram ir para a escola. Só tínhamos que trabalhar na enxada. Agora isso vai mudar”, contou.
O atendimento aos estudantes é flexibilizado e facilitado em relação ao local, podendo ser realizado em centros comunitários, igrejas ou escolas, escolhidos pela Diretoria Regional de Educação (DRE) nos 13 polos do Estado. As turmas são reduzidas, de 10 a 12 estudantes no máximo, para que tenham um desempenho melhor. As aulas têm carga horária de 12 horas semanais, totalizando 384 horas anuais.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.
O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).
Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.
O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.
Os impactos das obras inacabadas
Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.
Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.
Propostas de soluções e próximos passos
Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.
“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.
A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.
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