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Caixa Loterias deve lançar novos produtos para enfrentar mercado de jogos, diz diretora

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A diretora-presidente da Caixa Loterias, Lucíola Aor Vasconcelos, disse nesta terça-feira (4), na Câmara dos Deputados, que a empresa estuda o lançamento de novos produtos para enfrentar a concorrência no mercado brasileiro de jogos. Isso inclui a volta da loteria instantânea (raspadinha), descontinuada em 2015, e as apostas de quota fixa (as ‘bets’), que devem ser operadas pelos agentes lotéricos.

Lucíola participou de audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para falar sobre a empresa. A Caixa Loterias foi criada em 2016 como subsidiária da Caixa. Em abril passado, o conselho de administração do banco aprovou a migração de todas as loterias para a nova empresa.

Segundo a dirigente, a criação da subsidiária permite que ela foque melhor no negócio, que vem passando por mudanças nos últimos anos, com o surgimento dos jogos virtuais e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2020, que quebrou o monopólio da União para explorar loterias. A medida abriu espaço para os estados criarem seus próprios sorteios.

“Temos de entender que loterias é uma atividade diferente de um negócio bancário”, disse a executiva da subsidiária. “Então, o que a gente fez é trazer de uma ‘areazinha’ dentro de uma vice-presidência, na Caixa, para uma empresa exclusiva para isso, com estrutura exclusiva, com foco exclusivo”, declarou.

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Situação dos lotéricos
Lucíola afirmou que os novos produtos devem melhorar o ambiente de negócios das 13,3 mil agencias lotéricas que vendem jogos da Caixa. Hoje, segundo relatos de deputados que participaram da audiência, os lotéricos convivem com baixo retorno financeiro.

Mário Agra / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Transferência das operações das loterias federais para subsidiária. Dep. Tadeu Veneri (PT-PR).
Tadeu Veneri teme que a Caixa Loterias seja privatizada; diretoria nega

O deputado Darci de Matos (PSD-SC) disse que os lotéricos estão “encurralados”, com ganhos cada vez menores devido à concorrência das apostas virtuais, inclusive da própria Caixa. Ele defendeu que as lotéricas sejam autorizadas a criar sites próprios para comercializar os produtos.

“Se ficarmos só no meio físico, vamos morrer”, disse Mattos. O deputado Reimont (PT-RJ) também pediu medidas para fortalecer os agentes lotéricos. A executiva da Caixa Loterias afirmou que já está em operação um produto que beneficia as lotéricas, o Bolão Caixa. Ele permite apostas virtuais em grupo organizados pelas lotéricas.

Privatização
O deputado Tadeu Veneri (PT-PR), que solicitou a audiência pública, manifestou preocupação com a perda do controle estatal da Caixa Loterias. Ele lembrou que o STF decidiu que subsidiárias de estatais podem ser privatizadas sem autorização do Congresso Nacional.

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Segundo Veneri, uma eventual desestatização colocaria em risco os programas sociais que recebem recursos das loterias. “Isso nos preocupa muito, porque nós sabemos que hoje a loteria é uma das principais financiadoras de programas sociais do governo”, afirmou o deputado.

Em 2023, as loterias da Caixa arrecadaram R$ 23,4 bilhões. Desse valor, R$ 9,2 bilhões (39,2% do total) foram destinados a programas do governo federal nas áreas de seguridade social, esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde.

Lucíola informou que não há previsão de perda de controle estatal e que a gestão da rede lotérica continua dentro da Caixa Econômica Federal.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Marcelo Oliveira

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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