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FPA-MT e setor produtivo criticam PL que cria corredor ecológico da onça-pintada 

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Deputados que fazem parte da Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT) e representantes de entidades que fazem parte do Fórum Agro MT, se reuniram nesta terça-feira (18), para debater o PL 909/2024, da Câmara dos Deputados, que cria o corredor ecológico da onça-pintada em território nacional. Outra pauta que também fez parte do encontro, foi a ação do Ministério Público do Trabalho de proibição do uso do defensivo agrícola glifosato, utilizado nas lavouras para controle de ervas daninhas.

Sobre o corredor ecológico da onça-pintada, o coordenador geral da FPA-MT Dilmar Dal Bosco, destacou que o autor do projeto, o deputado federal Ismael Alexandrino de Goiás, sequer ouviu os estados que serão impactados com a criação do projeto. “Não podemos aceitar uma aberração como essa. Manifesto meu total repúdio a esse projeto demonstra uma completa falta de base e estudo, e irá prejudicar severamente os produtores de Mato Grosso’’, ponderou.

O PL estabelece uma faixa de 20 km de cada margem do Rio Araguaia, com traçado que passa por Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Pará e Maranhão. Para o diretor executivo do Fórum Agro MT, Xisto Bueno a medida afetará municípios em diversos aspectos. “Não afeta somente o setor agropecuário, impossibilita até mesmo o crescimento de áreas urbanas de alguns municípios. Sem mencionar que já existe a previsão na lei das Áreas de Preservação Permanente e Áreas de Reserva Legal, não havendo a necessidade da criação desse corredor, basta apenas que seja cumprido o que a legislação determina”, frisou.

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A ação civil pública movida conjuntamente pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério Público de Mato Grosso e Ministério Público Federal, que tenta banir o uso do herbicida glifosato no Estado também foi pauta de discussão no encontro. Para o setor produtivo, não há estudo científico que justifique a ação e não há outro defensivo agrícola menos nocivo ao meio ambiente.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado Carlos Avallone comparou o uso do herbicida a uso de remédios. “Em uma analogia simples, podemos comparar o uso do defensivo agrícola ao uso de remédios, que se usado na quantidade certa, na dose recomendada por especialistas, não tem problema nenhum. Inclusive, na última semana a Comissão de Meio Ambiente deu parecer contrário de forma unânime a um PL que tentava excluir o glifosato da produção em nosso estado”, afirmou.

O glifosato é o herbicida mais utilizado atualmente no Brasil, classificado pela ANVISA (2010) como produto da classe IV, Pouco Tóxico. Não havendo nenhum produto no mercado que o substitua com menor toxicidade. Inclusive esse foi um dos motivos pelos quais a União Europeia, recentemente, revalidou por mais dez anos a sua autorização de uso nas lavouras de todo o bloco.

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“Não há estudos científicos suficientes para basear a ação proposta na Justiça do Trabalho, e esse foi um dos motivos que embasaram fortemente a decisão de primeira instância para não dar ganho de causa para o MP”, complementou Xisto Bueno.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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