MATO GROSSO
Especialistas afirmam que animais estão em boas condições apesar da seca no Pantanal
MATO GROSSO
Apesar da estiagem severa que atinge o Pantanal mato-grossense desde o final de 2023, os animais da região da Transpantaneira (MT-060), em Poconé, estão em boas condições, e com acesso a água. A avaliação é de especialistas que acompanham o bioma.
“Pelo que tenho acompanhado, eles estão em boas condições. Tomei conhecimento que ainda há vários pontos com água ao longo da estrada parque. Os animais, como por exemplo, vertebrados terrestres não estão morrendo de sede, caso contrário, já teriam encontrado espécimes mortos. Eles são capazes de encontrar os pontos onde ainda tem água. É um processo natural”, afirmou o especialista em mamíferos da Universidade Federal de Mato Grosso.
O médico veterinário Pablo Pezoa e a bióloga Rayane Vilaça, que atuam como voluntários na Transpantaneira, compartilham da mesma opinião. “Os animais que encontramos estão com bom escore corporal. O período de estiagem faz parte do bioma pantaneiro e estudos de ecologia envolvem monitoramento referente a necessidade ou não de suplementação hídrica”.
Em razão da estiagem severa que atinge a região, o Governo de Mato Grosso perfurou poços artesianos a cada 30 quilômetros da Transpantaneira. Esses poços garantem que os animais desta região, como jacarés, pássaros e tamanduás, tenham acesso a água. Os poços têm 40 metros de profundidade, com capacidade de 2 milhões de litros de água.
“É possível ver que são vários os pontos onde ainda tem água na Transpantaneira, onde os animais dividem o mesmo espaço. Com base nesses registros que tomamos decisões. Por enquanto, estamos tranquilos em afirmar que os animais estão encontrando esses pontos de hidratação”, explicou o coordenador de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, veterinário Eder Toledo.
Outra medida tomada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) é a de fazer trilhas d’água, um conceito ecológico que, na prática, faz com que os animais sejam induzidos a irem para esses locais mais seguros e com maior umidade e vegetação.
Os pontos estão sendo monitorados por câmeras Traps para verificar a eficácia e se o objetivo foi alcançado. Assim, a Sema pode planejar novas estratégias em caso de desabastecimento total.
Essa estratégia foi apresentada na nota técnica encaminhada ao Ministério Público referente a dessedentação hídrica na Transpantaneira.
A secretária Mauren Lazzaretti destaca a recomendação do MPE, que oportunizou apresentar todas as ações já realizadas na MT-060. “Apresentamos uma contraproposta assinada pela Sema, ICMBIO e Ibama do que havia sido recomendado, com base em dados técnicos de quando seria o momento certo e os locais corretos de se fazer”, pontua.
As medidas tomadas pela Sema é resultado do investimento de R$ 74,5 milhões pelo Governo do Estado para a execução do Plano de Ação de Combate ao Desmatamento Ilegal e Incêndios Florestais em 2024. O recurso garante também a locação de quatro aviões, contratação de 150 brigadistas, capacitação de bombeiros e outras ações.


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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