MATO GROSSO
Aprosoja MT destaca apontamentos em apoio ao PL do Seguro Rural
MATO GROSSO
A modernização do seguro rural deve trazer mais segurança ao produtor no campo.
Reconhecendo a importância do Projeto de Lei de nº 2951/2024, que propõe aperfeiçoamentos significativos nos marcos legais do seguro rural no Brasil, a Aprosoja Mato Grosso entregou ao senador Jayme Campos, relator do projeto, um ofício declarando apoio e apresentando sugestões para o seu aprimoramento, como afirmou o presidente da Aprosoja MT Lucas Costa Beber.
“O seguro rural é uma ferramenta indispensável para mitigar os riscos inerentes à atividade agropecuária, especialmente em um país onde as variações climáticas podem determinar o sucesso ou o fracasso de uma safra”, disse o presidente Lucas Beber.
Entre as sugestões da Aprosoja MT, está a participação dos produtores no conselho do Seguro Rural, fundamental segundo o diretor administrativo da Aprosoja MT Diego Bertuol.
“São sugestões baseadas nas informações que temos da nossa base, no qual reunimos mais de 8 mil associados. É necessário a participação dos produtores no conselho do Seguro Rural, porque estamos falando de política pública, tem que assegurar a representatividade do setor de modo realista. É de extrema importância ouvir e saber a necessidade de cada região para determinado produtor, só assim, para termos sucesso nessa nova regulamentação e evoluirmos no tema de seguro rural”, ressaltou Diego.
Entre os pontos enviados pela Aprosoja MT estão o reconhecimento do seguro rural como garantia bancária; que qualquer regulamentação que vincule a contratação de seguro rural ao acesso ao crédito venha acompanhada de incentivos claros e diretos, para que não haja aumento injustificável no custo financeiro dos produtores; participação dos produtores nos conselhos do seguro independentemente de sua condição de cotista; atualização e aprimoramento do Zoneamento de Riscos Climáticos (ZARC); eliminação da venda casada no crédito rural; inclusão do prêmio do seguro rural como despesa dedutível no Imposto de Renda; centralização de informações sobre produtos de seguro rural e previsibilidade orçamentária, preponderante para evolução do importante instrumento de gestão de risco.
Hoje, o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) conta com recursos garantidos por ser uma despesa obrigatória, ao contrário do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), que é vulnerável a cortes e bloqueios no orçamento. Isso resulta em insuficiência na cobertura, como mostram dados do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado dessa falta de previsibilidade afeta diretamente o bolso dos agricultores, que muitas vezes se veem obrigados a renegociar dívidas em função de perdas não cobertas pelo seguro, o que compromete investimentos futuros em tecnologia e inovação, como a agricultura de precisão. Por isso, para o presidente da Aprosoja MT, essa modernização do seguro rural por meio desse projeto de lei pode trazer a segurança que o produtor tanto precisa.
“Aprovar hoje um seguro rural que atenda o produtor, seja qual for a cultura que ele produza, não é só uma ferramenta de proteção para eles, é uma forma de criar um alicerce para a economia do país, porque assim os agricultores possam continuar investindo, inovando e contribuindo para o crescimento do Brasil”, finalizou Lucas.


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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