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Acusado de atentado no Rio chega da Rússia e tem prisão mantida
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A Justiça manteve a prisão preventiva do homem flagrado jogando uma bomba contra a produtora Porta dos Fundos, em 2019, no Rio de Janeiro. Eduardo Fauzi estava preso na Rússia, para onde tinha fugido, e acabou extraditado para o Brasil, onde chegou ontem, quinta-feira (3).
A decisão foi da juíza Ariadne Villela Lopes, em audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (4), na Central de Audiências de Custódia (CEAC) de Benfica. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo juízo da 2ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Fauzi foi preso pela Interpol em Moscou, em setembro de 2020, onde permaneceu detido até ser autorizada sua extradição.
Na decisão, a juíza não acolheu o pedido de relaxamento da prisão preventiva apresentado pela defesa de Fauzi, sob a alegação de excesso de prazo. O Ministério Público também já havia se manifestado pela manutenção da prisão preventiva.
Processo
A defesa também alegou que, em razão da tramitação do processo ter sido transferida da Justiça Federal para a estadual, o mandado de prisão teria perdido a validade. A magistrada ressaltou que esta análise caberá ao juízo responsável pelo processo.
O processo tramitava na Justiça Federal, contudo, o desembargador Marcello Granado decidiu que Fauzi não seria mais acusado de crime de terrorismo, conforme havia sido pedido pelo Ministério Público Federal (MPF). Assim, o caso saiu da competência da Justiça Federal e os autos retornaram para o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. A defesa de Fauzi não foi localizada para se manifestar sobre a decisão.
Edição: Kleber Sampaio


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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