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Alunos da rede pública são premiados por projetos sustentáveis no Rio

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Alunos de escolas públicas de municípios do Rio de Janeiro foram premiados com tablets e notebooks em um concurso que avaliou projetos baseados nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas. 

O concurso Transformando Ideias em Ações Sustentáveis premiou os três melhores projetos das categorias robótica, sustentabilidade e ações de integração em torno da comunidade escolar.

O evento é uma realização da A Glocal Experience Rio – plataforma de ideias e ações para cumprimento da Agenda 2030 em parceria com a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro.

Nesta segunda edição, que prossegue até sábado (25), a plataforma realiza um festival sobre sustentabilidade, com entrada gratuita, na Marina da Glória, apresentando conteúdos, arte, cultura e tecnologia.

Concurso

Os prêmios foram um notebook (1º colocado), um tablet (2º colocado) e um smartphone (3º colocado). 

Na categoria robótica, o primeiro colocado, Matheus Herico Aredes da Silva, de 17 anos, estudante do segundo ano do ensino médio do Ciep Mané Garrincha, venceu com o projeto de sistema de irrigação automático para a horta da escola, que capta água da chuva e dos aparelhos de ar-condicionado. 

“Desenvolvi o projeto pensando na horta da escola, que é muito grande e, algumas vezes, apresenta problemas com a morte de plantas por excesso ou falta de água. Somos nós, os alunos, que fazemos a irrigação, pois estudamos em horário integral. Durante os finais de semana e nos feriados, quando não tem ninguém, a horta fica sem irrigação. Então, pensei em desenvolver um sistema automático que irrigue a horta na quantidade necessária todos os dias, sem depender dos alunos. Agora só falta implementar o projeto”, explicou Matheus.

João Pedro Medeiros de Souza, aluno do segundo ano do Ensino Médio do CE Olavo Bilac, em Resende, primeiro colocado na categoria sustentabilidade, desenvolveu um aplicativo que indica ao usuário o que fazer com o lixo reciclável, lixo orgânico, lixo residencial, lixo eletrônico, entre outros tipos.

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“Sempre gostei de jogos eletrônicos, e um dos meus professores, o Fred, me incentivou a desenvolver o aplicativo. Nele, o usuário encontra várias maneiras de descartar qualquer tipo de lixo. Foram dois meses desenvolvendo o aplicativo. E valeu a pena, porque é uma felicidade muito grande receber esse prêmio. Vou usar o notebook para estudar em casa, pois eu não tinha computador”, disse João Pedro.

Na categoria ações de integração, Nicolas Oliveira Marvilla, representante do grupo de alunos que ficou em primeiro lugar, do terceiro ano do ensino médio do Centro de Ensino Matemático Joaquim Gomes de Sousa – Intercultural Brasil-China, em Charitas, Niterói, disse que o projeto foi desenvolvido para arrecadar fundos para comprar uma impressora para a escola com a venda de sucata. 

“Nosso projeto nasceu da necessidade de ter uma impressora na escola. Recolhemos sucata de todo tipo, inclusive eletrônicos, como computadores e celulares. Recebemos muitos materiais diferentes e conseguimos restaurar computadores e dois celulares para serem usados pelos alunos na escola, além de conseguir arrecadar o dinheiro para comprar a impressora. Ficamos muito animados com o prêmio e com a implementação do projeto na nossa escola”, explicou Nicolas. 

Parceria

O concurso recebeu inscrições de 88 escolas públicas das 15 regionais da Seeduc e participação de 246 alunos. A Águas do Rio patrocinou o concurso, possibilitando o envolvimento dos estudantes e a realização de seus projetos.

Os trabalhos apresentados têm como foco principal o alinhamento com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), visando à transformação positiva e sustentável do ambiente escolar e da comunidade, estabelecendo diálogo entre os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e a realização em atividade pertinente ao desenvolvimento integral do aluno e da sociedade.

“Objetivo é mobilizar escolas públicas de ensino médio para promover a consciência e a prática sobre os ODS, inspirando a nova geração. Estamos muito felizes por distribuir a premiação para a garotada, presente e futuro do nosso país”, disse Rodrigo Baggio, head da Glocal Experience Rio.

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Para a subsecretária de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Joilza Rangel, a parceria da Glocal Experience Rio com a Seeduc foi crucial para o sucesso do concurso.

“Todos os participantes apresentaram propostas e projetos que superaram nossas expectativas e confirmaram a potência de talentos existente em nossa rede de ensino”, afirmou Joilza. 

A Glocal Experience Rio continua até sábado (25), na Marina da Glória. A entrada é gratuita.

Conheça os selecionados em cada categoria:

Categoria Robótica 

  • 1º lugar – Matheus Herico Aredes da Silva do CIEP Mané Garrincha, município de Magé, com o projeto Irrigação Sustentável na Escola: Automação da Horta com Arduíno;
  • 2º lugar – Anderson Luiz Costa, do CE São Bernardo, em Belford Roxo, com o projeto Horta Connect;
  • 3º lugar – Rebeca Felício Moreira, do CE Almirante Álvaro Alberto, em Paraty, com o projeto Automatização da irrigação da horta escolar.

Categoria Sustentabilidade 

  • 1º lugar – João Pedro Medeiros de Souza, do CE Olavo Bilac, em Resende, com o projeto Renovação Criativa: Upcycling para um Mundo Sustentável;
  • 2º lugar- Kaick Azevedo Stellet, do CE Jayme Queiroz de Souza, em Itaocara, com o projeto Bomba de Semente;
  • 3º lugar – Pedro Paulo Pereira de Oliveira, do CIEP Wilson Mendes, em Cabo Frio, com o projeto Tech-Walte. 

Categoria Ações de Integração 

  • 1º lugar – Bruna Lasnor Diniz, Josy Enne dos Santos, Karine Rufino Cardoso, Nicolas Oliveira Marvilla e Raíssa dos Santos Romão, do CE Matemático Joaquim Gomes de Sousa – Intercultural Brasil-China, em Niterói, com o projeto Q.I Sucata;
  • 2º lugar – Júlio César Pessanha Figueira, Lucas Aguiar de Oliveira, Francisco Bard de Lira Júnior, Jeferson Barreto Monção e Thayná Vitória Souza Oliveira, do CIEP Vereador Said Tanus José, em Italva;
  • 3º lugar – Ágatha Paloma Saturnino Raposo e Kianne da Silva dos Santos, do CE Doutor Álvaro Rocha, em Barra do Piraí, com o projeto Ecokotam.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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