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Após furto, estátua de Carlos Drummond tem óculos recolocados

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A estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade, em Copacabana, está de óculos novos. A prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Conservação recuperou mais uma vez o monumento, que teve a peça furtada no final de abril. Esta é, segundo a secretaria, a 14º vez que os óculos são repostos. 

Os óculos foram recolocados na última sexta-feira (7). A prefeitura informou ainda que, além de recolocar os óculos, feitos em bronze, a equipe da Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculada à Conservação, instalou uma nova placa de identificação, na qual se lê o nome do poeta e o ano de inauguração da estátua. Drummond é também um dos monumentos da cidade monitorados por câmeras, a fim de evitar furtos e depredações.

Localizada na Avenida Atlântica, em frente à Avenida Rainha Elizabeth, em Copacabana, a estátua de Carlos Drummond de Andrade foi instalada em 2002, em comemoração ao centenário do poeta. Confeccionada por Leo Santana, é inspirada em uma foto tirada no mesmo local pelo fotógrafo Rogério Reis. O escritor está sentado em um banco, de frente para o calçadão. No banco está inscrito um verso de seu poema Mas viveremos: No mar estava escrita uma cidade. O local é atualmente um dos importantes pontos turísticos da orla carioca. 

Estátua de Carlos Drummond de Andrade no calçadão de Copacabana tem óculos recolocados após serem roubados. Estátua de Carlos Drummond de Andrade no calçadão de Copacabana tem óculos recolocados após serem roubados.

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Estátua de Carlos Drummond de Andrade no calçadão de Copacabana tem óculos recolocados após serem roubados. – Fernando Frazão/Agência Brasil

Nesta segunda-feira, foram raros os momento que Drummond ficou sozinho, sempre tinha alguém perto para sentar no banco, compartilhar a vista com ele e tirar uma foto. A professora Jane Pereira, de São Paulo, foi uma das turistas que fizeram questão de homenagear o poeta. 

“Para mim é uma emoção estar aqui diante da estátua dele. É algo importante para mim”, disse, após tirar uma série de fotos ao lado da estátua. Quando soube dos vários furtos, ela ficou impressionada. “Fico bem triste com isso de as pessoas danificarem os monumentos públicos. A estátua é algo que está ai para prestigiarmos. Não se deve fazer isso, é algo que está aí para as gerações futuras, tem toda uma história que devemos preservar”. 

Estátua de Carlos Drummond de Andrade no calçadão de Copacabana tem óculos recolocados após serem roubados. Estátua de Carlos Drummond de Andrade no calçadão de Copacabana tem óculos recolocados após serem roubados.

Turistas tiram foto com estátua do poeta Drummond no calçadão de Copacabana – Fernando Frazão/Agência Brasil

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Carlos Drummond de Andrade viveu entre 1902 e 1987 e é considerado um dos maiores nomes da poesia brasileira. Mineiro, nasceu em Itabira de Mato Dentro e viveu no Rio de Janeiro, entre os anos 1934 e 1987. O seu estilo poético era permeado por traços de ironia, observações do cotidiano, de pessimismo diante da vida e de humor. Um dos poemas mais famosos é No Meio do Caminho.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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