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Bicentenário da Independência: como o grito do Ipiranga foi retratado

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Independência ou Morte, também conhecido como O Grito do Ipiranga, é o quadro que retrata o momento único da ruptura entre Brasil e Portugal. Mas a pintura de Pedro Américo foi feita anos depois da Independência e com muita dose de imaginação para recriar a história brasileira.

O paraibano Pedro Américo já era um pintor consagrado aos 45 anos. Tinha estudado arte na França e vivia na Itália, quando foi escolhido pelo governo brasileiro para pintar o quadro do momento histórico do Grito do Ipiranga. A obra de grandes proporções tem 4 metros de altura por 7 metros de largura e está no Museu Paulista.

No entanto, a pintura foi feita em 1888, 66 anos depois da Independência do Brasil, quando ninguém mais estava vivo para contar como realmente tinha sido o cenário às margens do rio Ipiranga.

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Pedro Américo quis fazer do momento histórico de 1822 uma cena gloriosa e solene para Dom Pedro I. E, claramente, buscou inspiração no quadro do pintor francês Jean Louis Ernest Meissonier, que retratava Napoleão Bonaparte na Batalha de Friedland de 1807. A obra francesa foi pintada em 1875; a do brasileiro, foi apresentada na Academia Real de Belas Artes de Florença, na Itália, 13 anos depois. 

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Há várias licenças poéticas na obra, inclusive o fato de substituir as mulas por cavalos de raça. Os guardas não estavam usando uma farda tão pomposa. Os Dragões da Independência só adotaram o uniforme da pintura mais de 100 anos depois.

Mesmo assim, o retrato oficial da nossa Independência passou a ser este, como se tivesse sido capturado no momento exato, às margens do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822. E pelo trabalho, Pedro Américo ganhou 30 contos de réis do Império brasileiro. Sinal de que sua idealização agradou em cheio o Imperador Dom Pedro II.

Edição: Alessandra Esteves

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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