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Bichos de pelúcia ajudam a acolher animais silvestres resgatados
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Filhotes de tamanduás, macacos, capivaras e preguiças, entre outras espécies, são resgatados todos os anos pelo Ibama. Longe das mães, os bichinhos também precisam de afeto no processo de recuperação e reintrodução à natureza. E o uso de bichinhos de pelúcia tem ajudado os animais que ficaram órfãos.
Por isso, o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas) do órgão, está promovendo uma campanha para arrecadar pelúcias, além de toalhas, lençóis e meias, com ou sem par, que podem ser novos ou usados. Os objetos simulam o acalento materno e dão apoio emocional aos filhotinhos.
A chefe do Cetas no Distrito Federal, Marília Gama, explicou como são usadas essas doações no tratamento dos animais.
“Os animais, quando chegam, eles precisam muito desse conforto térmico e emocional para se desenvolver bem. Então, como uma pelúcia é muito utilizada por um filhote, não podemos reutilizar. É como um insumo, que acaba muito rápido. Tem animais que precisam muito disso. Um tamanduá, por exemplo um tamanduá, precisa muito se agarrar a um ser fofinho, digamos assim, para se sentir aconchegado e se desenvolver direitinho.”
Todas as sedes do Ibama e do Cetas ao redor do país estão recolhendo as doações. Quem quiser ajudar os bichinhos pode verificar o endereço mais próximo de sua residência no site: gov.br/ibama
Ouça na Radioagência Nacional
*Com supervisão de Bianca Paiva
Edição: Maria Claudia/Bianca Paiva/Guilherme Strozi
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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