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BR-040 vai ganhar passagens suspensas para a fauna

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Para evitar atropelamento de animais silvestres, o trecho da rodovia BR-040 entre o Rio de Janeiro e Juiz de Fora (MG) vai ganhar duas passagens suspensas para fauna, construídas com materiais naturais e com videomonitoramento.

As estruturas serão as primeiras do tipo no trecho e se somam a uma passagem subterrânea já existente na rodovia em Minas Gerais, monitorada por armadilha fotográfica.

De acordo com a Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio de Janeiro (Concer), concessionária que administra o trecho de 180 quilômetros, as passagens serão instaladas em novembro, nos quilômetros 86 e 95, na descida da Serra de Petrópolis. Os locais foram escolhidos pela grande incidência de animais nas proximidades da via.

Entre as espécies encontradas na região estão primatas como o mico-leão-dourado, ouriços, gambás e pequenos roedores como a cuíca e o rato-do-mato.

Os dados do Projeto Caminhos da Fauna, implantado pela Concer em 2006, indicam o resgate de aproximadamente 800 animais silvestres nos últimos anos nesse trecho da BR-040, sendo 36 em 2022.

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Já os atropelamentos somaram 981 apenas em 2019, últimos dados disponíveis. Os animais resgatados são encaminhados para clínicas veterinárias conveniadas. As carcaças podem ser destinadas a institutos de pesquisa como o Museu Nacional.

Passagens para animais

As passagens para fauna são mecanismos construídos nas rodovias para evitar o atropelamento de animais silvestres. Antes da instalação, é necessário um estudo das espécies encontradas na região e seus hábitos, para verificar qual o modelo e locais mais adequados.

As passagens podem ser inferiores, com túneis sob as rodovias ou mesmo aproveitando pontes com a construção de caminhos secos nas laterais, e superiores ou suspensas, que podem ser de uma simples corda atravessando a rodovia, passagens com cerca e vegetação, pontes de madeira e até viadutos com vegetação e arborizados, ainda não implantados no Brasil.

Levantamento feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em 2014, em 20 trechos de rodovias federais, com 5.514,63 quilômetros em todas as regiões do país, registrou 14.445 animais atropelados, entre mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Na época, o departamento contou 507 passagens de fauna já implantadas ou em estudo nos trechos monitorados.

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Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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