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Buscas por seis desaparecidos prosseguem em São Sebastião (SP)
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Seis pessoas ainda estão desaparecidas após a tragédia provocada pelas chuvas na cidade de São Sebastião, no litoral norte paulista. Neste momento, o Corpo de Bombeiros segue com os trabalhos de busca por essas vítimas na Vila do Sahy, local onde houve deslizamento de terra e soterramento de casas e de pessoas.
Segundo o governo de São Paulo, 59 mortes foram confirmadas até o momento, sendo 58 em São Sebastião e uma criança em Ubatuba. Cinquenta e quatro corpos já foram identificados e liberados para sepultamento. São 19 homens, 17 mulheres e 18 crianças.
A prefeitura de São Sebastião informou que há 1.095 pessoas abrigadas atualmente em escolas, creches, igrejas e organizações não-governamentais (ONGs). Já o governo paulista informa que as chuvas deixaram 2.251 pessoas desalojadas e 1.815 desabrigadas em todo o litoral norte.
Buscas
Em boletim publicado na manhã deste sábado (25), a prefeitura de São Sebastião informou que as buscas estão concentradas no local mais provável para encontrar esses corpos, conforme a avaliação dos Bombeiros. A expectativa do município era que as vítimas fossem encontradas ainda hoje. Os Bombeiros, por sua vez, não deram uma previsão para o fim dos trabalhos no local.
“Entramos hoje no sétimo dia de operação após a ocorrência e, neste momento, temos uma única frente de trabalho. Até ontem tínhamos três frentes e hoje fechamos com um único ponto, onde, possivelmente, estão essas vítimas desaparecidas, que foram indicadas pelos familiares e pelos moradores próximos”, disse o porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitão Maycon Cristo, em entrevista neste sábado à TV Brasil.
Ele destaca que as buscas só terminam quando o último corpo for encontrado. “Só se encerra quando a gente tirar a última vítima que está sendo buscada, que teve o desaparecimento noticiado. Encerrado isso, ainda há muitos outros passos envolvendo prefeitura, governos, diversas secretarias e que não se encerra tão logo”, acrescentou.
Ainda segundo o porta-voz, neste momento, a maior dificuldade que eles encontram nas buscas é a logística. “Temos um volume muito grande de entulho, terra, lama e árvores que desceram o morro e precisamos movimentar tudo isso. Precisamos tirar do local onde possivelmente estão essas vítimas e levar para outro ponto. E, para isso, precisamos conseguir acessar o local com caminhões e maquinários. Esse trabalho de movimentação dessa massa é o que está trazendo mais dificuldade para a gente neste momento”, explicou o capitão.
Volta às aulas
Por causa da tragédia provocada pelas chuvas, a prefeitura de São Sebastião decidiu adiar para o dia 6 de março o início das aulas e demais atividades letivas da rede pública municipal. A alteração do calendário escolar se deve ao estado de calamidade pública que foi decretado pelo governo municipal em virtude das fortes chuvas que atingiram a cidade no último domingo (19). As escolas estão sendo utilizadas para receber as famílias que foram desalojadas e desabrigadas ou para ações voluntárias, como distribuição de alimentos.
Tragédia
As chuvas que atingiram os municípios do litoral norte paulista no carnaval, como a cidade de São Sebastião, resultaram em uma das maiores tragédias da história do estado. Foi o maior acumulado de chuva que se tem registro no país, atingindo a marca de 682 milímetros em Bertioga e 626 milímetros em São Sebastião.
* Com colaboração do repórter da TV Brasil, Lincoln Chaves.
Edição: Camila Maciel
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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