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Cacique Raoni recebe carta do rei britânico Charles III

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Liderança indígena brasileira reconhecida no Brasil e no exterior, o cacique Raoni Metuktire recebeu uma carta do rei britânico Charles III, que honra o líder kayapó como “impressionante exemplo” a ser seguido. A entrega aconteceu no evento O Chamado do Cacique Raoni – Grande Encontro das Lideranças Guardiãs da Mãe Terra, realizado entre 24 a 28 de julho na Aldeia Piaraçu, no Território Kayapó, em São José do Xingu. O documento chegou às mãos do cacique por meio da Encarregada de Negócios da Embaixada do Reino Unido no Brasil, Melanie Hopkins.

“Sua voz tem sido fundamental no Brasil, e no mundo, em esforços para preservar a Amazônia e em seu apoio aos direitos de todos os povos indígenas”, disse o monarca do Reino Unido.

Antes de chegar ao trono, quando ainda era príncipe, Charles III se encontrou com Raoni em 2009, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O cacique também já foi recebido por Charles na Clarence House, uma das residências da família real britânica.

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A correspondência foi entregue no evento que recebe apoio da organização britânica sem fins lucrativos Global Canopy. Segundo a Embaixada do Reino Unido no Brasil, a instituição fornece dados, métricas e avaliações para que grandes empresas, instituições financeiras, governos e organizações ao redor do mundo possam melhorar suas práticas em relação à proteção das florestas e da biodiversidade.

leia a íntegra da carta:

Caro Cacique Raoni,

Fiquei muito entusiasmado em saber que a organização britânica, Global Canopy, está dando suporte ao evento em julho deste ano para honrá-lo por seus feitos globais memoráveis e para encorajar a próxima geração a seguir seu impressionante exemplo. Sua voz tem sido fundamental no Brasil, e no mundo, em esforços para preservar a Amazônia e em seu apoio aos direitos de todos os povos indígenas.

Durante minha própria visita à Amazônia, em 2009, testemunhei em primeira mão os profundos impactos do desmatamento e das mudanças climáticas na floresta tropical e nos povos e comunidades indígenas que ali residem. Também me lembro com apreço de nosso encontro no mesmo ano no magnífico Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde conversamos sobre o desejo compartilhado de ver a Amazônia protegida, e o prazer que mais tarde tive em recebê-lo na Clarence House.

Também fico contente que o Reino Unido tenha conseguido apoiar este evento por meio do Programa REDD+ para Pioneiros (REM), que conta com um de seus focos no fortalecimento de governanças indígenas e no apoio aos meios de subsistência de povos indígenas em seus territórios.

Envio meus melhores votos a você e a todos os povos indígenas do Brasil.

Charles R

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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