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Caminhos da Reportagem exibe hoje Xilogravura: a Maestria da Madeira

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Uma técnica chinesa do século 6º difundiu-se na Europa medieval e se tornou um importante instrumento de impressão de livros. Mas que arte é essa tão tradicional que se tornou aliada do cordel nordestino? E como ela surge no contexto do modernismo brasileiro e se afirma na arte contemporânea? Trata-se da xilogravura, a arte de produzir gravuras a partir de uma matriz de madeira. A técnica é o tema do programa Caminhos da Reportagem, que vai ao ar neste domingo (21), exibido na TV Brasil.

Parceira da TV Brasil, a TV Pernambuco foi até a cidade de Bezerros, a 100 quilômetros do Recife, para mostrar o ateliê do artista plástico J. Borges (imagem de destaque), um dos maiores mestres da xilogravura e patrimônio vivo de Pernambuco.

Bem humorado, J. Borges conta que, desde que conheceu o escritor Ariano Suassuna, nos anos 70, e teve seu trabalho reconhecido pelo escritor, o ateliê passou a receber visitantes de toda parte. “No bom sentido, eu não tive mais sossego na vida”, brinca J. Borges.

No bairro da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro, fomos conhecer o ateliê que outro mestre da xilogravura mantém há quase 50 anos. Entre os trabalhos de destaque do paraibano Ciro Fernandes, estão as ilustrações de livros de grandes escritores brasileiros, como Rachel de Queiroz e Gilberto Freyre.

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Assim como J. Borges, Ciro Fernandes também começou a carreira artística como ilustrador de cordéis. No caso dele, na Feira de São Cristóvão, reduto tradicional da comunidade nordestina no Rio de Janeiro.

Xilogravura: a maestria da madeira Xilogravura: a maestria da madeira

Maria Bonomi em seu ateliê – TV Brasil

Um dos maiores nomes das artes plásticas no Brasil, Maria Bonomi é reconhecida internacionalmente, desde o início da carreira, por suas obras em xilogravura. Ela foi aprendiz de um dos pioneiros da gravura moderna brasileira, Lívio Abramo (1903- 1992).

Ainda nos anos 60, Maria revolucionou o mundo das artes ao produzir gravuras em grandes dimensões, chegando até a chamada arte pública. A última obra foi a sensível homenagem Requiem para os Tombados da Covid-19, instalada no ano passado no Memorial da América Latina, em São Paulo.

“A ideia que me guia é a de que todo espaço é passível de ser uma grande matriz. Seja o espaço urbano, seja o espaço não urbano”, afirma Bonomi, que busca despertar a vivência da arte “como um momento de salvar o lado humano do ser, a sensibilidade, a emoção do ser”.

Em cartaz no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, com a mostra Margem Norte, o artista paraense Diô Viana procura captar o movimento das águas dos rios da Amazônia. Parte dos trabalhos mistura a técnica da xilogravura com a da pintura.

Xilogravura: a maestria da madeira Xilogravura: a maestria da madeira

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O artista visual Derlon atua hoje em São Paulo – TV Brasil

Em São Paulo, o artista visual pernambucano Derlon usa a inspiração do cordel em trabalhos de rua, como o mural de sereia que ele fez para o edifício Copan, no centro da cidade. Derlon tem também obras espalhadas em países da Europa, como Portugal, França e Holanda.

De natureza “mutante”, a xilogravura imprime o imaginário dos menestréis nordestinos e, paralelamente, registra pensamentos modernos e humanistas. “Uma linguagem artística poderosa, captadora de energia”, avalia Maria Bonomi.

O programa vai ao ar hoje, às 22h, na TV Brasil. Clique aqui e saiba como sintonizar a emissora.

Ficha técnica:

Reportagem e produção: Aline Beckstein
Edição de texto: Ana Passos
Edição de imagem: Eric Gusmão
Imagens : Eduardo Viné Boldt, Gabriel Penchel, João Marcos Barboza , Luis Araujo, Ronaldo Parra, William Sales
Auxílio técnico: Caio Araújo, Carlos Junior, Eduardo Domingues,  Maurício Aurélio Marcelo
Drone: Eduardo Viné Boldt
Apoio às imagens: Aline Beckstein, Rodolpho Rodrigues
Parceria com a TV Pernambuco (gravação em Bezerros – PE)
Reportagem: Tallita Marques
Imagens: Pedro Guimarães
Operador de áudio: Paulo Braytner
Diretor de jornalismo: Camerino Neto

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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