Search
Close this search box.
CUIABÁ

BRASIL

Caminhos da Reportagem mostra as belezas de Alter do Chão, no Pará

Publicados

BRASIL

Caminhos da Reportagem desembarca em Alter do Chão, um vilarejo banhado pelas águas transparentes do rio Tapajós. Para chegar ao destino, de praias cristalinas no meio da Amazônia, é preciso percorrer 38 km pela estrada que liga Santarém ao vilarejo, no oeste do Pará. A comunidade tem hoje pouco mais de 6 mil habitantes. 

Rio Tapajós Rio Tapajós

Rio Tapajós – Divulgação TV Brasil

Lá a paisagem se transforma durante o ano. Em julho, por exemplo, quando a equipe de reportagem visitou a região, as águas do Tapajós ainda estavam altas e várias praias, submersas. Como explica a professora da Universidade Federal do Oeste do Pará, na região há o período chuvoso e o período de estiagem. “Então nós temos o período em que as águas sobem, depois em que as águas descem, um período mais seco e depois novamente passa a encher”. 

Quando as praias ainda estão submersas, o passeio pela Floresta Encantada atrai turistas e moradores. Nossa equipe fez o passeio guiados pelo seu Itaguari. A chamada Floresta Encantada é formada por um igapó, uma área inundada pelas chuvas típicas da Amazônia. Fomos também à Serra da Piraoca, ou Serra do Cruzeiro, um dos pontos mais altos de Alter do Chão, acompanhados dos jornalistas Fábio Barbosa e Reginaldo Balieiro, criadores do projeto Caminhos da Floresta. 

Samaúma gigante, Alter do Chão, Pará. Samaúma gigante, Alter do Chão, Pará.

Leia Também:  Sistema Agroflorestal promove redução de efeitos da seca na Amazônia
Samaúma gigante, Alter do Chão, Pará. – Divulgação TV Brasil

A Floresta Nacional do Tapajós, a Flona, é outro atrativo turístico da região. Nossa equipe percorreu cerca de 7 km de caminhada até chegar à samaúma gigante, conhecida como a mãe da Amazônia, a Vovózona. A árvore tem mais de 1.100 anos. Quem acompanhou a equipe neste passeio foi o guia Raimundo Vasconcelos, que vive na comunidade. Na unidade de conservação da Flona residem 1.050 famílias e cerca de 4 mil moradores. 

Ronete Costa tem uma pousada em Alter do Chão. Ela voltou à cidade natal, Santarém, depois de 12 anos vivendo em Altamira. Ronete se diz suspeita para falar, mas acredita que os moradores do Tapajós são um povo muito aconchegante. E defende que o próprio paraense precisa descobrir mais as belezas do vilarejo, pois às vezes vai muito ao Sul e ao Nordeste do país e quando chega a Alter se dá conta de que tem tudo isso tão perto e não valoriza. “Você vê o pessoal de fora, o estrangeiro como a gente fala aqui, ele defende muito mais a Amazônia do que nós mesmos que somos aqui da Amazônia. Então a gente precisa conhecer mais para poder defender”, afirma. 

Leia Também:  Brasil tem potencial para juntar ecologia e economia, diz Marina Silva

O chef de cozinha Saulo Jennings foi considerado o melhor chef da região norte do país e trabalha com produtos típicos do Pará. Nossa equipe esteve no restaurante de Saulo, onde ele explicou que busca valorizar não apenas a comida paraense, mas também a história e a cultura local. “Toda vez que eu abro a minha janela e olho para o Tapajós, me dá força, me recarrega as baterias para continuar o meu trabalho, para continuar levando o nome de toda minha região para o Brasil conhecer”. 

O Caminhos da Reportagem vai ao ar neste domingo às 22h na TV Brasil.

Fonte: EBC Geral

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

BRASIL

Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

Publicados

em

A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

Leia Também:  Defesa Civil de Santa Catarina alerta para riscos de novos temporais

“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

Leia Também:  Brasil tem potencial para juntar ecologia e economia, diz Marina Silva

Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA