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Carnaval 2023: desfile dos megablocos no Rio começa em 4 de fevereiro
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Os blocos chamados de mega, por costumarem reunir mais de 100 mil pessoas nos desfiles do pré-carnaval e do carnaval do Rio de Janeiro, estão terminando os preparativos para se encontrarem novamente com os foliões. Na fase pré-carnaval, a programação dos oito megablocos, um recorde no carnaval carioca, começa em 4 de fevereiro com o Carrossel de Emoções. No dia seguinte, tem a estreia do Bloco da Lexa. O Chora me Liga vai reunir os foliões no dia 11 e o Bloco da Preta, no dia 12.
Já no carnaval, como nos anos anteriores à pandemia, o sábado (18 de fevereiro) é do Cordão da Bola Preta, que tradicionalmente costuma receber mais de 1 milhão de foliões. Na terça de carnaval (21), será a vez do Fervo da Lud. As apresentações se estendem até depois do chamado período momesco. Encerrando a agenda dos megablocos, o Bloco da Anitta se apresenta no sábado (25) e o Monobloco fecha os desfiles no domingo (26).
Produção
De acordo com a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), a prefeitura da capital não fez repasses direto de dinheiro para os blocos que vão desfilar no carnaval de 2023. No entanto, os custos operacionais de infraestrutura previstos nos itens do Caderno de Encargos do Carnaval de Rua do Rio serão cobertos pelo valor de R$ 39 milhões captado por patrocínio. A publicação do Caderno de Encargos para a manifestação do interesse de empresas na prestação do serviço foi em agosto, e a Dream Factory é a responsável por produzir o carnaval de rua do Rio.
Com isso, os megablocos não precisarão gastar nada com a montagem de postos de saúde; disponibilidade nos locais de desfile de banheiros químicos e sanitários para pessoas com deficiência (PCDs); cercamento das áreas de desfile e para a proteção de monumentos; torres de monitoramento; agentes terceirizados de trânsito; painéis de mensagens variadas; e serviço de limpeza. O esquema para todos os desfiles de blocos autorizados pela prefeitura prevê a instalação de 34 mil banheiros químicos, sendo 10% para pessoas com deficiência. Esse número estará espalhado nos trajetos por onde passarão os mais de 400 blocos do carnaval de rua deste ano, incluindo as áreas dos megablocos.
Estrutura
Com custos elevados, a pesada estrutura de apresentação dos megablocos se vale de recursos obtidos com a iniciativa privada. Os patrocínios de grandes marcas são responsáveis por parte da receita, que é fortalecida ainda por eventos durante o ano, como festas de casamento, aniversários, reuniões corporativas e festejos em cidades no interior do Rio, com valores que são repartidos com os músicos e com as agremiações. Presidente do Bola Preta, Pedro Ernesto Marinho disse à Agência Brasil que a situação financeira do bloco, que já não estava equilibrada, foi impactada pela pandemia. O que garante agora a tradicional agremiação é o patrocínio e parcerias que são acertados depois da formatação de um projeto para o carnaval.
Produção
Já a produção dos desfiles, segundo Pedro Ernesto, é feita pela Liga Amigos do Zé Pereira, à qual o Bola é associado e que organiza até o projeto para acertar os patrocínios e parcerias. “O Bola Preta não consegue sair mais com as suas próprias pernas, com recursos próprios, então temos que buscar parcerias e patrocinadores e tudo isso tem um projeto que precisa ser feito primeiro, e ele é preparado pela Liga dos Amigos do Zé Pereira. A partir do momento em que viabiliza, começa um trabalho no campo das providências para montar o desfile para o carnaval”, disse.
O bloco, que já teve 20 empregados fixos, atualmente tem apenas um que atua como fiscal de um sítio do Bola na serra de Petrópolis. Nem mesmo os músicos da orquestra, sempre um destaque nos desfiles, têm contrato. Pedro Ernesto contou que os músicos do Bola, fora o carnaval, têm atividades particulares, como pedreiros, lanterneiros e muitos deles são militares reformados que fizeram parte de bandas da Polícia Militar, dos bombeiros, da Marinha, do Exército e da Guarda Municipal.
“Quando tem trabalho, a gente convoca e eles vêm e a vida segue, só que eles têm uma ligação emocional muito grande com o Bola Preta. Tem músico que está há 40 anos no Bola Preta”, contou, acrescentando que na apresentação de carnaval todos são remunerados.
Para o presidente do Bola, o carnaval de 2023 tem tudo para ser inesquecível. “Por conta de ficarem dois anos sem carnaval, as pessoas estão ansiosas. Creio que vamos ter um grande carnaval, com recorde de foliões nas ruas. O que a gente quer é que, por maior que seja, seja sempre um carnaval de paz, tranquilidade, de respeito ao próximo, ao seu semelhante, principalmente os homens respeitando as mulheres. O não é não!”, completou.
O Chora me Liga tem dez empregados fixos contratados, mas, para trabalhar no escritório que, durante o ano, organiza outros eventos como apresentação da banda do bloco. Para isto são contratados 25 músicos, além de cantores. Na época do carnaval, há contratação de temporários, que, segundo o fundador Marcelo Vital, em 2023, chegarão a 500 pessoas.
“Para viabilizar o bloco, a gente realiza ensaios e, ao longo do ano, vende as apresentações para eventos corporativos, casamentos e festas de final de ano.” Segundo ele, os recursos oriundos desses eventos, somados ao apoio do patrocinador, pagam parte das despesas do bloco. “O resto a gente desembolsa”, afirmou à Agência Brasil.
Vital também retrata a dificuldade dos blocos causada pela pandemia, mas acredita que, após o período de ausência dos desfiles em 2023, haverá mais animação. “Acho que as pessoas estão ansiosas pelo carnaval. Elas já não têm carnaval há dois anos e vão descontar este ano.”
Concentração
A concentração dos megablocos, em cada dia de apresentação, é às 7h, na Rua Primeiro de Março, no centro do Rio. Os desfiles começam às 8h e seguem até o meio-dia. De acordo com a Riotur, “o circuito completo ainda não foi definido, mas devem ser feitas pequenas alterações no trajeto, que tradicionalmente passa pela Avenida Presidente Antônio Carlos [centro da capital], para facilitar a logística na hora de dispersão do público”.
Público
A Riotur estima que neste ano as ruas da capital vão receber um público de 5 milhões de pessoas. Inicialmente, a previsão é que sejam realizados 456 desfiles. O número, no entanto, pode mudar, porque os cortejos dependem de autorizações de órgãos públicos e da confirmação dos próprios blocos inscritos.
Segundo a Riotur, este ano 613 blocos de todos os tamanhos pediram autorização para desfilar. Em 2020, último carnaval antes da pandemia, foram 754 pedidos e 427 desfilaram. Este ano, a prefeitura ajustou a logística da festa e reduziu o número de desfiles na zona sul, que foram remanejados para outros pontos da cidade, resultando num número menor do que em 2020. Naquele ano, foram 110, e agora serão 94 desfiles pela região.
Patrulhamento
A expectativa é que a Polícia Militar divulgue oficialmente o esquema de segurança para o Carnaval 2023 na próxima semana, mas já está certo que o patrulhamento será reforçado, e que a polícia vai montar um bloqueio para revistas dos foliões nas áreas próximas aos locais onde desfilarão os megablocos e no Sambódromo, como ocorreu no réveillon.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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