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CCBB de SP apresenta retrospectiva inédita do cineasta Geraldo Sarno

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“O sertão é o meu centro”. Foi assim que o cineasta baiano Geraldo Sarno (1938-2022) certa vez definiu o seu trabalho em uma entrevista ao site Papo de Cinema. Um dos mais respeitados diretores e roteiristas do país, Sarno ganha agora uma retrospectiva inédita de seu trabalho no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo.

Gratuita, a retrospectiva teve início neste sábado (17) e segue até o dia 9 de julho exibindo quase toda a filmografia do diretor, que sempre trabalhou muito com temas como o sertão, a religiosidade popular, a literatura de cordel, o cangaço e a migração.

A mostra vai exibir 26 filmes do cineasta entre longas, médias e curtas-metragens, tanto ficcionais quanto documentais. Entre eles, o seu último trabalho, o premiadíssimo Sertânia, filme que projeta a mente febril e delirante de Antão. Também será exibido Viramundo, que mostra a chegada de nordestinos à cidade de São Paulo; Casa Grande e Senzala, baseado no livro de mesmo nome de Gilberto Freyre; e Eu Carrego o Sertão Dentro de Mim, com narração baseada em texto do escritor João Guimarães Rosa.

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A retrospectiva ainda inclui duas novas digitalizações de filmes que tiveram escassas exibições nas últimas décadas como Iaô e Plantar nas Estrelas.

Além da exibição dos filmes, a mostra vai realizar duas mesas de debates presenciais para refletir sobre a obra do cineasta. Outras informações sobre os filmes que serão exibidos e os dias de exibição podem ser consultados no site do CCBB.

A mostra tem curadoria de Ewerton Belico e Leonardo Amaral.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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