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CCBB RJ recebe Mostra Frank Capra, diretor da Era de Ouro de Hollywood
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Começa nesta quarta-feira (21), no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ), a mais completa retrospectiva dedicada ao cineasta norte-americano Frank Capra já realizada no Brasil, com cópias restauradas, filmes inéditos, alguns deles dados como perdidos. Serão exibidos ao público até o dia 17 de julho, a preços populares de R$ 10 e R$ 5 (meia entrada), 20 filmes de ficção e sete documentários sobre o esforço de guerra dos Estados Unidos. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria física ou no site do CCBB, a partir das 9h do dia da sessão. No mesmo endereço, os interessados poderão acessar a programação do evento.
“É uma mostra praticamente completa, com exceção de alguns filmes que a gente não conseguiu, e muita coisa inédita, nunca exibida no Brasil antes”, disse à Agência Brasil José de Aguiar, que assina a curadoria da mostra ao lado de Eduardo Reginato. “Alguns não passam há 90 anos”, indicou Aguiar.
Um dos primeiros longas-metragens de Capra, ainda no período do cinema mudo, foi o clássico Mocidade Audaciosa (1928), que abre a retrospectiva, no dia 21, às 15h. O primeiro longa da fase falada foi Chuva ou Sol (1930), que ficou perdido durante 70 anos e será exibido no dia 22, no mesmo horário. A película foi encontrada há 15 anos, restaurada “e, com certeza, nunca passou no Brasil, nem em cinemas nem na televisão”.
Qualidade dupla
Para José de Aguiar, Frank Capra foi um dos maiores cineastas americanos da história, um dos grandes diretores da era áurea de Hollywood, juntamente com John Ford, Howard Hughes. “Ele é um dos perfeccionistas da comédia romântica e, também, um grande diretor da época da Grande Depressão americana. Ele soube muito bem falar desse momento difícil da história americana e criar, ao mesmo tempo, personagens que eram grandes heróis e homens comuns. Ele tem essa capacidade de falar sobre esse espírito da época ao mesmo tempo do ponto de vista da crítica social, mas com um tom otimista também sobre essa crítica. Ele tem uma qualidade dupla, digamos assim”, defende o curador.
Dois longas podem ser citadas entre suas melhores obras. Um deles é A felicidade não se compra, de 1946, “um dos últimos filmes dele e, talvez, o mais conhecido”. Outro tão bom quanto e, talvez, ainda melhor, na opinião do curador, é Aconteceu naquela noite, de 1934, primeiro longa a ganhar o Oscar nas cinco categorias principais. “Foi o filme que deixou Capra muito famoso”. O elenco era encabeçado por Clark Gable e Claudette Colbert.
Frank Capra venceu três vezes o Oscar de melhor diretor com Aconteceu Naquela Noite (1934), O Galante Mr. Deeds (1936) e Do Mundo Nada se Leva (1938). Em 1982, Capra recebeu o Leão de Ouro por sua carreira, no Festival de Veneza.
Nascido na Sicilia, Itália, em 1897, e falecido na Califórnia (Estados Unidos), em 1991, Frank Capra viveu uma história parecida com a dos personagens de seus filmes. Superou o passado de imigrante italiano trabalhador e se tornou um diretor de cinema americano de sucesso. Do início de sua carreira serão exibidos A Flor dos Meus Sonhos“(1930), um dos filmes mais raros da mostra, no dia 21, às 17h; e o O último chá do general Yen (1933), no dia 25, às 14h. Capra admitiu, secretamente, ser este o seu filme favorito.
A mostra apresenta também, entre outros títulos, A Mulher Faz o Homem (1939), estrelado por James Stewart, que se tornou a personificação do idealismo presente na obra de Capra; e Esse Mundo é um Hospício (1944), considerado pelo American Film Institute uma das melhores comédias de todos os tempos.
Inclusão
Haverá também uma sessão inclusiva de A Felicidade Não Se Compra (1946), com cópia dublada em português, legendagem descritiva, audiodescrição e tradução para Libras, no dia 29 de junho, às 14h30. Embora tenha sido um fracasso de público na época do lançamento, esse clássico conto de Natal recebeu o Globo de Ouro de Melhor Diretor, tornando-se um dos longas-metragens mais reverenciados do cinema americano.
Além da exibição dos filmes, será realizado o debate O Cinema De Frank Capra, no dia 6 de julho, às 19h, com a crítica de cinema Maria Caú e o professor Rafael de Luna Freire, da Universidade Federal Fluminense (UFF), com mediação do curador José de Aguiar. O debate terá tradução para Libras. No dia 12 de julho, também às 19h, ocorrerá uma masterclass com o cineasta Walter Lima Jr, fã e profundo conhecedor da obra de Capra. Os dois eventos são abertos e gratuitos para o público. “Só tem que chegar um pouco antes para pegar o ingresso”, recomendou José de Aguiar.
O público terá acesso gratuito também a um catálogo feito especialmente para a mostra, com textos inéditos de críticos e pesquisadores e outros textos relevantes já publicados sobre a obra do cineasta; ficha técnica e fotografias de cenas de todos os filmes selecionados.
Antes de chegar ao Rio de Janeiro, a mostra Frank Capra aconteceu no CCBB São Paulo, no período de 17 de maio a 12 de junho deste ano. A mostra tem patrocínio do Banco do Brasil.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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