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Centro de monitoramento emitiu alertas três dias antes dos temporais

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O temporal que afetou o litoral norte de São Paulo, deixando centenas de desabrigados e desalojados e provocando mortes, foi previsto com antecedência de pelo menos três dias, segundo informações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

O coordenador-geral de Operações do Cemaden, Marcelo Seluchi, afirmou, em entrevista à Agência Brasil, que a Defesa Civil Nacional e as defesas civis locais foram alertadas sobre a possível ocorrência do temporal.

“Na quinta-feira passada (16), nós já tínhamos uma certa confiabilidade da previsão. Pensamos que algum evento extremo ia acontecer no litoral de São Paulo. Então enviamos uma nota técnica [à Defesa Civil Nacional] com um texto relatando isso. Então a Defesa Civil Nacional convocou uma reunião com as defesas civis de São Paulo, Rio e Minas Gerais na sexta-feira à tarde”, explica Seluchi.

De acordo com Seluchi, na sexta-feira, a previsão de risco do Cemaden já marcava o litoral norte de São Paulo com a cor vermelha, que mostra risco geológico “muito alto”.

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A Defesa Civil Nacional também divulgou, em seu perfil no Twitter, na manhã de sábado (18) a previsão do Cemaden para riscos muito altos de deslizamento no litoral norte de São Paulo e no sul do Rio de Janeiro.

Na tarde de sábado (18), algumas horas antes do desastre, o Cemaden conseguiu ter uma noção mais clara sobre onde o temporal ia chegar com mais força.

No mesmo dia, o centro enviou  alertas para um risco “muito alto” de “movimentos de massa”, ou seja, de deslizamentos de terra para cidades como Caraguatatuba, Ilhabela, Ubatuba e também São Sebastião, onde mais de 30 pessoas morreram. “O mais importante nesses casos de grandes desastres é antecipar da melhor forma possível, com a maior antecedência possível”, explica Seluchi.

Segundo o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, as chuvas começaram por volta das 21h de sábado (18) no município. A partir daí, a prefeitura emitiu alertas de Defesa Civil e preparou sua infraestrutura de resposta e socorro. Em coletiva à imprensa hoje, ele informou que já tinha recebido comunicado sobre fortes chuvas que cairiam na cidade.

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“O que não se esperava era a densidade dessas chuvas, que ultrapassaram 600 milímetros num curto espaço de tempo. Às 3h [de domingo], o Centro de Coordenação de Emergência e de Contingência foi ativado. Nós nos reunimos no centro operacional da prefeitura, com a presença do Corpo de Bombeiros, coordenando todas as ações e já recebendo os primeiros chamados de escorregamentos e alagamentos”.

A prefeitura não divulgou qualquer alerta prévio aos riscos de chuva na madrugada de domingo. Ainda nas primeiras horas da madrugada, as três redes de São Sebastião divulgaram posts com fotos e vídeos celebrando “sucesso” do carnaval apesar da chuva.

O primeiro alerta sobre chuvas fortes só seria publicado no Twitter da prefeitura às 7h de domingo, depois do temporal.

*Colaborou Daniel Mello

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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