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Christian Dunker, Geni Núñez e Sérgio Vaz participam da Feira do Livro

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A Feira do Livro, festival literário gratuito realizado na capital paulista desde 2022, divulgou nesta sexta-feira (10) mais 11 autores convidados que participarão de eventos da programação. Entre os novos nomes, estão o psicanalista Christian Dunker; a ativista indígena e psicóloga Geni Núñez; o poeta Sérgio Vaz e a escritora Lilia Guerra, que traz à tona personagens da periferia paulistana.

Além desses, participarão da feira Adelaide Ivánova, Betina González, Michael Nieva, Mar Becker, Julia de Souza, Odorico Leal e Pablo Casella. Ao todo, já foram divulgados 35 nomes.

O diretor geral do evento, Paulo Werneck, destaca a variedade de temas e autores da programação, que abrange a riqueza do mercado editorial brasileiro. “A gente procura trazer para a Feira do Livro novidades das livrarias, os destaques, os principais escritores do Brasil e do mundo, sempre numa perspectiva de diversidade, de experiências diferentes, gêneros diferentes”. 

A feira tem poesia, literatura infantil e para adultos, história, entre outros temas.

Um dos destaques do evento é o psicanalista Christian Dunker, convidado para um dos debates. “É um dos principais psicanalistas do país, uma figura importantíssima no pensamento brasileiro, que ajudou muita gente a enfrentar a pandemia. E ele publicou um livro sobre o luto. Quando ele perdeu a mãe, superou esse luto escrevendo um livro, que é uma mescla de experiência pessoal com um manual de psicanálise”, disse Werneck.

O autor argentino Michel Nieva, autor do livro Dengue boy: A infância do mundo, também é destaque da feira. “É um livro muito curioso, que trata desse tema que está fazendo parte do nosso dia a dia, a dengue, só que visto pelo ponto de vista da literatura fantástica, tem um certo humor, mas ao mesmo tempo tem uma denúncia”, relata Werneck. Ele ressalta que tem um grupo expressivo de autores argentinos presentes esse ano. Além de Nieva, outros argentinos confirmados são Betina González, Camila Fabbri, Camila Sosa Villada e Claudia Piñeiro.

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Golpe e Diretas Já

Neste ano, quando se rememora os 60 anos do golpe militar de 1964 e os 40 anos do comício das Diretas Já, a feira levará discussões sobre os temas ao público. A Praça Charles Miller, local onde acontecem as edições da Feira do Livro em São Paulo, foi palco do início das mobilizações pelas eleições diretas para presidente, conforme revelou o ex-deputado estadual de São Paulo Adriano Diogo (PT) à Agência Brasil.

Um dos responsáveis pela mobilização e por arrecadar recursos para a realização dos comícios, Diogo contou sobre o começo do movimento em 1983, com um pequeno evento na Charles Miller. “Quando acabou a eleição [para governador, em 1982], estávamos em uma situação dificílima. Então, o [ex-deputado] José Dirceu foi procurar o governador Franco Montoro, montou o comitê pelas diretas e o primeiro ato pelas eleições diretas foi esse pequeno comício”, lembra o político.

O diretor da Feira do Livro confirmou que a ditadura é um assunto que estará presente no evento. “Vai ter com certeza uma mesa sobre os 60 anos do golpe, com o grande historiador Luiz Felipe de Alencastro, que é um dos maiores historiadores brasileiros hoje. Ele está publicando um livro sobre a ditadura brasileira vista a partir de Paris, onde ele estava exilado naquela época”, adiantou Werneck.

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“Ele escrevia no Le Monde, um jornal francês, crônicas que eram uma denúncia sobre a ditadura brasileira. Essa notícia de que o governo torturava, prendia e várias outras ações autoritárias ainda não eram amplamente conhecidas na Europa. Então essas crônicas dele ajudaram a espalhar a notícia”, acrescentou.

Meio ambiente

Assunto em destaque na última semana por causa da catástrofe climática no Sul do país, o meio ambiente também será assunto de debate na feira. O ensaísta e jornalista João Moreira Salles promoverá um debate a partir do bioma amazônico, que é tema de seu livro Arrabalde. “Ele lançou um livro sobre a Amazônia, que é um grande assunto internacional, uma grande preocupação do mundo é a preservação da Amazônia e da população amazônica, da população indígena, ribeirinha”, disse Werneck.

“[Salles] passou uma temporada na Amazônia, fez uma série de reportagens que saíram na revista Piauí, e depois lançou esse livro. Ele vai falar [na feira] desse livro e de como a Amazônia se transformou. Era um lugar muito periférico, se você pensar algumas décadas atrás, e hoje é um lugar que está no centro das preocupações do mundo”, disse.

Instalada na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, a edição deste ano terá maior duração, com 9 dias de programação, de 29 de junho a 7 de julho. Realizada pela Associação Quatro Cinco Um e Maré Produções, a feira pretende reunir alguns dos destaques da cena literária brasileira e internacional para os debates.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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