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Chuva provoca deslizamentos e Rio permanece em estágio de mobilização
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O solo encharcado pela chuva, que cai no município do Rio de Janeiro, desde sexta-feira (25) provocou o deslizamento de terra na noite deste domingo (27), na Rua Divineia, na comunidade da Rocinha, zona sul da cidade. De acordo com os bombeiros não houve registro de vítimas no local. O mesmo ocorreu na localidade do Laboriaux, também na Rocinha.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, esteve hoje cedo na Rocinha, para acompanhar os danos causados pela chuva aos moradores. Paes pediu à população para que fique atenta e em casos de emergência siga as orientações da Defesa Civil.
“A gente teve alguns deslizamentos acontecendo. Ontem a gente teve na Formiga, alguma coisa em Santa Teresa. É um momento de muita atenção com essa coisa de deslizamento em função do solo encharcado. Nessas áreas de risco quando encharca o solo, a gente pede muita atenção das pessoas nesse momento. Tem as regras da Defesa Civil com pontos de apoio, se sentir qualquer chuva mais forte, se tiver deslizamento fazer isso”, explicou.
Paes informou ainda que órgãos da prefeitura já estão trabalhando na limpeza na Rocinha. “Aqui [Rocinha], graças a Deus sem vítimas e sem dano material maior. Vamos fazer a limpeza. A Geo Rio vai entrar imediatamente. Já tem obras de contenção, mas de fato, precisa de limpeza de canaletas e, eventualmente, algumas outras obras de contenção que precisem ser feitas já estão autorizadas”, completou.
Formiga
Ainda neste domingo, duas casas foram interditadas no Morro da Formiga, na Tijuca, zona norte do Rio, por causa da queda de uma árvore provocada por um deslizamento. De acordo com a Defesa Civil, também não houve vítimas.
Mobilização
O Centro de Operações do Rio (COR) mantém desde às 20h10 deste domingo (27), o município em estágio de mobilização, em decorrência dos registros de chuva moderada (entre 5,1 milímetros por hora – mm/h e 20 mm/h) em 15 estações do Sistema Alerta Rio. A tendência, conforme o Alerta Rio, é a permanência de nuvens baixas sobre a cidade, ocasionando chuva fraca a moderada de forma isolada. O Estágio de Mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade.
Entre as 8h de domingo e 8h desta segunda-feira, a Rocinha foi a região da cidade com o maior acumulado de chuva, chegando a 104,6mm/24h, às 22h15 de ontem. Na sequência, os maiores acumulados foram registrados nas estações meteorológicas do Jardim Botânico (87,4mm), na zona sul; e da Grota Funda (81,0mm), na zona oeste. As equipes da Defesa Civil Municipal seguem de prontidão no Centro de Operações Rio e na sede do órgão, em Vila Isabel, Zona Norte. Entre 20h de ontem e 8h de hoje, a Defesa Civil recebeu 23 chamados. “Em caso de emergência, o cidadão deve acionar a Defesa Civil pelo número 199”, recomendou o órgão.
Estado
A chuva em todo o estado do Rio está sendo monitorada pela Secretaria de Estado de Defesa Civil (Sedec-RJ) e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), que atuam também para prevenir e minimizar qualquer possível dano.
“O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) segue monitorando as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos e enviando alertas para os municípios. Neste momento, é considerado moderado/baixo o risco hidrológico e geológico no Estado”, informou a Sedec-RJ.
Entre 21h e 9h de hoje, o CBMERJ recebeu chamados para 36 ocorrências relacionadas às chuvas, em todo o território fluminense, sendo quatro deslizamentos/ameaças de desabamento sem vítimas e para quedas de árvores.
“Os agentes da Defesa Civil Estadual estão em contato permanente com as prefeituras, dando suporte quando as ocorrências extrapolam a capacidade de resposta da gestão municipal, o que ainda não aconteceu”, acrescentou.
Previsão
Para os próximos quatro dias, a previsão ainda é de instabilidades na capital. De acordo com o COR, amanhã (29), o transporte de umidade vindo do oceano permanecerá atuando sobre a cidade do Rio de Janeiro e a previsão é chuva fraca a moderada, isolada, a qualquer momento. Os ventos estarão moderados (entre 18,5 km/h a 51,9 km/h) e as temperaturas estarão estáveis.
Na quarta-feira a previsão é céu parcialmente nublado a nublado com chuva fraca a moderada isolada a qualquer momento. “Os ventos estarão fracos a moderados (até 51,9 km/h) e as temperaturas irão se elevar gradualmente”. O tempo só deve melhorar a partir de quinta-feira (31), quando “haverá redução de nebulosidade e não há previsão de ocorrências de chuva”.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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