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Companhia encena espetáculo que mostra olhar feminino sobre o cárcere

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O olhar feminino sobre o cárcere é o tema do espetáculo Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos, da Companhia de Teatro Heliópolis, que tem direção de Miguel Rocha e texto de Dione Carlos.

A história se desenrola entre duas irmãs – Maria das Dores e Maria dos Prazeres – marcadas pelo encarceramento de homens da família. O enredo trata da luta pela sobrevivência e mostra uma mãe buscando libertar seu filho preso injustamente e sua irmã, refém do ex-companheiro que está encarcerado. As irmãs, cujo pai também esteve preso, lutam para romper esse ciclo de violência e de encarceramento.

Companhia de Teatro Heliópolis Companhia de Teatro Heliópolis

Companhia de Teatro Heliópolis – Antonio Saggese/Companhia de Teatro Heliópolis

“São elas que carregam o peso, que são acometidas pelos desdobramentos do encarceramento de seus parceiros ou familiares, vendo abalada a sua vida emocional, sua segurança física e sua situação financeira. A mulher se torna a força e o sustentáculo da família, e também daquele que está em situação de cárcere”, disse Miguel Rocha.

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A temporada será realizada na Casa de Teatro Maria José de Carvalho, sede da companhia no bairro do Ipiranga, e segue até o dia 5 de junho. As encenações são realizadas nas noites de sextas, sábados e domingos e os ingressos são gratuitos para alunos e professores da rede pública. Para o restante do público, o ingresso custa o quanto a pessoa puder contribuir.

A peça, que é acompanhada por musicistas tocando ao vivo, celebra os 20 anos de fundação do grupo, completados em 2020. A companhia, criada na maior comunidade de São Paulo, é conhecida por pesquisar e abordar a violência e suas reverberações.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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