BRASIL
Covid-19: sem poder desfilar, blocos farão festas privadas no Rio
BRASIL
Na ausência de blocos de rua e dos desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro, festas, bailes e shows privados ganham a programação para os dias de carnaval – 26, 27 e 28 de fevereiro e 1º de março. São diversos anúncios nas redes sociais. Circulam, inclusive, listas com programações para todos os dias de folia.
Entre os eventos está o Encontro de Blocos de Rua RJ, que contará os tradicionais Cordão da Bola Preta, Suvaco do Cristo, Empolga às 9, Desliga da Justiça, Toca Rauuul!, Céu na Terra, Vagalume o Verde, Multibloco, Bangalafumenga e Afroreggae. Blocos que, em carnavais passados, foram responsáveis por reunir milhares de pessoas.
O evento, que custa de R$ 20 a R$ 150, será nos dias 26 e 27 no estacionamento da Feira de São Cristóvão, zona norte do Rio. A organização disse que são obrigatórios o uso de máscara e a apresentação da carteira de vacinação. ⠀
Escolas de samba também organizam festas fechadas. A Mangueira, por exemplo, vende ingressos para ensaios na quadra da escola de samba nos dias 25 e 26. Os preços variam de R$ 40 a R$ 1,2 mil – camarote para dez pessoas.
Festas que já são tradicionais, neste ano voltam a ocorrer e reduzem o público por conta da pandemia. É o caso do Bloco do Sai, Hétero. Antes da pandemia, ele reunia 30 mil pessoas. Agora, o público foi limitado a 15 mil. O bloco poderá ser visto nas imediações do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM). Preços: de R$ 40 a R$ 80.
“A gente está com as melhores expectativas possíveis. Apesar dessa situação complicada, a galera está bem animada para sair”, disse a produtora do evento, Eva Lorrany. Ela ressaltou que a festa será em espaço aberto e será obrigatória a apresentação do cartão de vacinação.
Carnaval de rua cancelado
Em janeiro, a prefeitura do Rio de Janeiro cancelou os blocos de rua no carnaval de 2022. A decisão foi tomada levando em conta os dados epidemiológicos, que apontavam para um novo aumento de casos de covid-19 após um período de queda. Logo após a suspensão dos blocos, os desfiles das escolas de samba foram adiados para a abril.
Mesmo com o cancelamento do carnaval de rua pela prefeitura do Rio, blocos clandestinos se reuniram no último fim de semana no centro da cidade e foram dispersados pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop).
Em nota, a prefeitura do Rio informou que estão proibidos os eventos nos quais não é possível a fiscalização do passaporte sanitário. Pessoas acima de 50 anos devem apresentar a comprovação da dose de reforço. A prefeitura relembrou, ainda, que pessoas não vacinadas não podem frequentar ambientes fechados, nem entrar em hotéis e shoppings, por exemplo.
Ainda segundo a prefeitura, a secretaria de Saúde fará ao longo dos feriados ações de fiscalização e os eventos nos quais as regras estiverem sendo descumpridas serão interrompidos.
Cuidados no carnaval
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ressaltou que ainda são necessários cuidados por conta da pandemia. “Certamente que este carnaval não vai ser igual ao que passou, mas a pandemia ainda não acabou e cuidados e proteção continuam necessários”, disse o coordenador do Observatório Covid-19 Fiocruz, Carlos Machado.
Ele afirmou que, enquanto se caminha para níveis ótimos de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos devem ser mantidas, “mesmo em ambientes abertos onde possa ocorrer maior concentração e aglomeração de pessoas, o que, embora não seja desejável, poderá ocorrer no carnaval. E que festas privadas ou bailes em casas de festas, clubes ou outros ambientes só sejam realizadas com exigência do comprovante de vacinação”, acentuou.
Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, divulgados ontem (21), nas últimas 24 horas, foram registrados 105.776 casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus e foram notificadas 816 mortes em decorrência de complicações associadas à doença.
Edição: Kleber Sampaio


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Alta valorização aquece mercado imobiliário de Cuiabá e impulsiona empreendimentos em pontos estratégicos
-
MATO GROSSO5 dias atrás
MT Warriors traz lutas 100% profissionais de kickboxing com entrada gratuita; saiba como retirar o ingresso
-
MATO GROSSO4 dias atrás
MT Warriors tem card completo com 12 lutas profissionais de kickboxing e disputa de cinturão neste sábado, em Cuiabá
-
MATO GROSSO1 dia atrás
Estudo revela déficit de 5 milhões de hectares de Reserva Legal no Mato Grosso e alerta para risco de embargos
-
MATO GROSSO3 horas atrás
Kickboxing Profissional em Cuiabá: Allysson Campos e Adriano Oliveira conquistam o cinturão no MT Warriors Championship